Uma tese acadêmica se debruça sobre manifestações de um movimento no país baseado na misoginia, que afirma a superioridade dos homens sobre as mulheres tanto do ponto de visto social, quanto econômico, cultural e político. Estuda os chamados grupos masculinistas, sua relação com a ascensão da extrema direita e seu impacto na esfera política. Desde 2016, detecta um crescimento do sentimento misógino, com destaque para os apoiadores de Jair Bolsonaro nas redes sociais, em 2018, ano da eleição do ex-presidente. Em entrevista a Marco Antonio Soalheiro, no Mundo Político, a autora da tese, a cientista social Bruna Camilo, superintendente do Consórcio Mulheres das Gerais cita como exemplo flagrante de misoginia os ataques sofridos pela então presidente Dilma Rousseff. Ela afirma que um caldo cultural de neoconservadorismo sustenta o masculinismo no Brasil, que se manifesta entre homens liberais na economia e conservadores nos costumes. O estudo relaciona masculinismo com nazismo e reflete sobre a necessidade de políticas públicas que revertam o ambiente de radicalização.