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O Oxigênio apresenta um novo podcast parceiro, o Fish Talk. Desta vez tratando de peixes. Isso mesmo, um podcast sobre peixes! The Fish Mind, ou A Mente do Peixe, é um programa desse podcast com foco na capacidade que esses animais têm de sentir dor e experimentar outros estados emocionais. Vamos ouvir também sobre suas habilidades cognitivas nos episódios desse programa. A ideia é trazer essas informações importantes em um diálogo informal de poucos minutos. O programa geralmente é composto por episódios independentes, mas temas que precisam de mais aprofundamento são apresentados em mais de um episódio. O Fish Mind faz parte de um projeto que é fruto de uma colaboração do Centro de Aquicultura da Unesp (Caunesp) no Brasil com a FishEthoGroup, uma associação sem fins lucrativos que trabalha em prol do bem-estar dos peixes, preenchendo lacunas entre a ciência e as partes interessadas no setor da aquicultura, entre eles: produtores, certificadores, comerciantes, ONGs, decisores políticos e consumidores. A entidade foi criada em 2018 e está sediada em Portugal.
ROTEIRO
João: Sabia que, assim como os humanos, os peixes conseguem reconhecer-se? O autorreconhecimento é uma habilidade que até recentemente só havia sido demonstrada em mamíferos. Mas agora foi
Carol: Neste episódio de A Mente do Peixe, vamos falar sobre a habilidade dos peixes de se reconhecerem, algo que envolve autoconsciência. Eu sou a Carol Maia.
João: E eu sou o João Saraiva, e começa agora o episódio Habilidades dos Peixes: Auto-Reconhecimento!
TRILHA SONORA
Carol: Reconhecer a si mesmo diante de um espelho é uma habilidade cognitiva que só havia sido cientificamente demonstrada em alguns primatas – como chimpanzés, bonobos e orangotangos – além
João: Nesse estudo, Kohda e os seus colaboradores mostraram que um peixe-limpador cientificamente conhecido como Labroides dimidiatus é capaz de se reconhecer no espelho. Através de uma série de
Carol: Quando esse peixinho foi apresentado a imagens suas ou de outros indivíduos de sua espécie, ele realizou ataques como faria normalmente. Mas, quando os pesquisadores fizeram uma marca externa na região da garganta do peixe para simular a presença de um parasita e o colocaram diante do espelho, observaram que o peixe-limpador tentava se livrar do ‘parasita’, esfregando o rosto em pedrinhas!
João: Após essa experiência, os pesquisadores observaram que o pequeno peixe-limpador continuou atacando imagens de outros indivíduos de sua própria espécie, mas parou de atacar a sua própria
TRILHA SONORA
Carol: Uau! E os mesmos pesquisadores não pararam por aí. Eles também fizeram um teste em que apresentaram ao peixe-limpador imagens que combinavam o corpo de outro indivíduo, mas com seu
João: Quando o rosto era do peixe sendo testado, ele não atacou muito a imagem, mas os ataques tornaram-se mais intensos quando era o corpo, e não o rosto, que pertencia ao peixe testado. Com isso,
Carol: E tem mais! Em outro teste do mesmo estudo, os pesquisadores ainda observaram que peixes não marcados, mas visualizando imagens com seus rostos contendo a marca usada para simular a
João: Assim, fica claro que esse pequeno peixe é capaz de se reconhecer por meio do auto-reconhecimento facial. E ao realizar outros testes, os mesmos investigadores também demonstraram que esse peixe-limpador provavelmente consegue distinguir entre indivíduos familiares e não familiares, mostrando menos agressividade em relação às imagens familiares.
TRILHA SONORA
Carol: Fascinante! Tudo isso demonstra que essa espécie tem a capacidade de autoconsciência ao formar uma imagem mental do próprio rosto, assim como nós humanos.
João: E não há motivo para suspeitar que os peixes-limpadores sejam excepcionais dentro dos vertebrados ou até mesmo dentro dos peixes em relação aos mecanismos cognitivos que permitem esse
Carol: E esta não é a única habilidade cognitiva incrível que os peixes conseguem realizar. Muitas outras já foram descobertas, várias delas bastante semelhantes ao que os humanos podem fazer. Vamos
TRILHA SONORA
João: Este episódio foi apresentado por mim, João Saraiva, e por Carol Maia, que também o coordenou. Nós somos da FishEthoGroup Association.
Carol: Você pode seguir a Associação FishEthoGroup nas nossas redes sociais. Estamos no Facebook (facebook.com/fishethologyandwelfare), Instagram (@fishethogroup) e Twitter (@group_fish). Até o
TRILHA SONORA
ENCERRAMENTO DO FISH TALK
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O Oxigênio apresenta um novo podcast parceiro, o Fish Talk. Desta vez tratando de peixes. Isso mesmo, um podcast sobre peixes! The Fish Mind, ou A Mente do Peixe, é um programa desse podcast com foco na capacidade que esses animais têm de sentir dor e experimentar outros estados emocionais. Vamos ouvir também sobre suas habilidades cognitivas nos episódios desse programa. A ideia é trazer essas informações importantes em um diálogo informal de poucos minutos. O programa geralmente é composto por episódios independentes, mas temas que precisam de mais aprofundamento são apresentados em mais de um episódio. O Fish Mind faz parte de um projeto que é fruto de uma colaboração do Centro de Aquicultura da Unesp (Caunesp) no Brasil com a FishEthoGroup, uma associação sem fins lucrativos que trabalha em prol do bem-estar dos peixes, preenchendo lacunas entre a ciência e as partes interessadas no setor da aquicultura, entre eles: produtores, certificadores, comerciantes, ONGs, decisores políticos e consumidores. A entidade foi criada em 2018 e está sediada em Portugal.
ROTEIRO
João: Sabia que, assim como os humanos, os peixes conseguem reconhecer-se? O autorreconhecimento é uma habilidade que até recentemente só havia sido demonstrada em mamíferos. Mas agora foi
Carol: Neste episódio de A Mente do Peixe, vamos falar sobre a habilidade dos peixes de se reconhecerem, algo que envolve autoconsciência. Eu sou a Carol Maia.
João: E eu sou o João Saraiva, e começa agora o episódio Habilidades dos Peixes: Auto-Reconhecimento!
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Carol: Reconhecer a si mesmo diante de um espelho é uma habilidade cognitiva que só havia sido cientificamente demonstrada em alguns primatas – como chimpanzés, bonobos e orangotangos – além
João: Nesse estudo, Kohda e os seus colaboradores mostraram que um peixe-limpador cientificamente conhecido como Labroides dimidiatus é capaz de se reconhecer no espelho. Através de uma série de
Carol: Quando esse peixinho foi apresentado a imagens suas ou de outros indivíduos de sua espécie, ele realizou ataques como faria normalmente. Mas, quando os pesquisadores fizeram uma marca externa na região da garganta do peixe para simular a presença de um parasita e o colocaram diante do espelho, observaram que o peixe-limpador tentava se livrar do ‘parasita’, esfregando o rosto em pedrinhas!
João: Após essa experiência, os pesquisadores observaram que o pequeno peixe-limpador continuou atacando imagens de outros indivíduos de sua própria espécie, mas parou de atacar a sua própria
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Carol: Uau! E os mesmos pesquisadores não pararam por aí. Eles também fizeram um teste em que apresentaram ao peixe-limpador imagens que combinavam o corpo de outro indivíduo, mas com seu
João: Quando o rosto era do peixe sendo testado, ele não atacou muito a imagem, mas os ataques tornaram-se mais intensos quando era o corpo, e não o rosto, que pertencia ao peixe testado. Com isso,
Carol: E tem mais! Em outro teste do mesmo estudo, os pesquisadores ainda observaram que peixes não marcados, mas visualizando imagens com seus rostos contendo a marca usada para simular a
João: Assim, fica claro que esse pequeno peixe é capaz de se reconhecer por meio do auto-reconhecimento facial. E ao realizar outros testes, os mesmos investigadores também demonstraram que esse peixe-limpador provavelmente consegue distinguir entre indivíduos familiares e não familiares, mostrando menos agressividade em relação às imagens familiares.
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Carol: Fascinante! Tudo isso demonstra que essa espécie tem a capacidade de autoconsciência ao formar uma imagem mental do próprio rosto, assim como nós humanos.
João: E não há motivo para suspeitar que os peixes-limpadores sejam excepcionais dentro dos vertebrados ou até mesmo dentro dos peixes em relação aos mecanismos cognitivos que permitem esse
Carol: E esta não é a única habilidade cognitiva incrível que os peixes conseguem realizar. Muitas outras já foram descobertas, várias delas bastante semelhantes ao que os humanos podem fazer. Vamos
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João: Este episódio foi apresentado por mim, João Saraiva, e por Carol Maia, que também o coordenou. Nós somos da FishEthoGroup Association.
Carol: Você pode seguir a Associação FishEthoGroup nas nossas redes sociais. Estamos no Facebook (facebook.com/fishethologyandwelfare), Instagram (@fishethogroup) e Twitter (@group_fish). Até o
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