Energia “grátis” para 60 milhões: por que você vai pagar a conta (e até eles também)? O governo brasileiro criou um novo programa social de tarifa social de energia, que beneficiará cerca de 60 milhões de brasileiros registrados no CadÚnico com renda individual de até meio salário mínimo e consumo de energia inferior a 80 kWh por mês. A grande maioria será isenta, não pagando nada de energia, enquanto outros terão reduções significativas. À primeira vista, uma iniciativa nobre. Mas quem paga por isso? A resposta é simples: todos os outros.

A conta será repassada para os 140 milhões de brasileiros restantes e, crucialmente, para as empresas. E é aqui que o verdadeiro custo aparece, um imposto invisível que afeta a todos. Quando o custo da energia sobe para as indústrias e comércios, o preço de absolutamente TUDO o que consumimos aumenta. Do pão na padaria aos produtos no supermercado. O resultado? Mesmo quem recebe o benefício da energia “grátis” acaba pagando mais caro pelo custo de vida. A questão não é se devemos ter programas sociais, mas sim a sua inteligência e sustentabilidade. Uma política que, ao encarecer o custo de produtos e serviços para todos os brasileiros e a conta de energia elétrica para 140 milhões de cidadãos, não parece ser o caminho que precisamos.

Não é uma solução, mas sim a transferência de um problema que se torna maior para toda a sociedade. Precisamos de soluções que criem prosperidade, não que a redistribuam de forma ineficiente. Será que estamos no caminho certo para resolver as desigualdades ou apenas criando um ciclo de custos que penaliza a todos?

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