A isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil parece uma vitória, certo? E é. Para 15 milhões de brasileiros, significa mais dinheiro no bolso. Mais dinheiro = mais consumo. A roda da economia gira. Ponto para o Brasil.

Mas aqui está o pulo do gato que ninguém te conta: para cobrir esse rombo na arrecadação, a solução proposta é taxar mais quem ganha mais e os dividendos. Parece justo? Talvez. Mas na prática, é como tapar um buraco abrindo uma cratera.

1 . Menos Poupança: taxar quem tem maior capacidade de poupar – os mais ricos – para aumentar o consumo de quem poupa menos significa uma coisa: a poupança nacional vai encolher.

2. Juros nas Alturas: menos poupança com um governo que gasta muito? Adivinhe quem paga a conta. A taxa de juros de longo prazo, já estratosférica, tende a subir ainda mais. Crédito mais caro para você, para sua empresa, para todo mundo.

3. Fuga de Investimentos: achar que dá para taxar investidores – inclusive estrangeiros – sem consequências é ingenuidade. O capital vai para onde é mais bem tratado. E são esses investimentos que têm mantido a taxa de desemprego nos menores níveis da história.

A intenção foi boa, a execução… nem tanto.
A conta sempre chega. A questão é: quem deve pagar?

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