Esta semana recebemos Andréa Zamorano, uma carioca que já vive há tantos anos em Portugal que se considera "meio brasileira, meio portuguesa"; ou seja, uma voz lusófona híbrida. Proprietária da primeira hamburgueria gourmet a surgir em Lisboa, a poucos passos da Fundação José Saramago, decidiu há uns anos ser escritora e os seus esforços materializaram-se num romance de estreia, A Casa das Rosas, editado pela Quetzal, que foi bem recebido pela crítica e ganhou o prémio Livro do Ano da revista Time Out.

Bestiário - Julio Cortázar
O Deserto dos Tártaros - Dino Buzzati
Carnaval - Manuel Bandeira

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O convidado desta semana é Paulo Moura. Nascido no Porto, em 1959, é escritor e repórter freelance. Durante 23 anos, foi um dos jornalistas mais reconhecidos e premiados do diário "Público". Nas suas viagens aos principais palcos de conflitos militares e políticos, mundo fora, escreveu mais de mil reportagens, muitas das quais recolhidas num livro editado em 2016, na Elsinore, a que deu o título "Depois do Fim - Crónica dos primeiros 25 anos da Guerra de Civilizações". É ainda professor de jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social, em Lisboa. Publicou dez livros, em registos muito diferentes: do romance à biografia (sobre a figura de Otelo Saraiva de Carvalho), passando pela crónica de viagem. Acaba de lançar, a tempo da visita do Papa Francisco a Portugal, uma obra de investigação intitulada "As Guerras de Fátima - Como as Visões da Irmã Lúcia Mudaram a Política Mundial", também na Elsinore. 

Trouxe-nos:

Anatomia da Errância - Bruce Chatwin
Gente do Milénio - J.G. Ballard
A Fogueira das Vaidades - Tom Wolfe

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Bem-vindos ao Biblioteca de Bolso, um podcast sobre livros que se instalou de armas e bagagens numa sala do Fundão, durante o Festival Literário da Gardunha, que decorreu entre 19 e 21 de Junho. Foi lá que falámos com o convidado deste episódio: Joel Neto. Nascido em Angra do Heroísmo, em 1974, este açoriano de gema, e grande sportinguista, tornou-se jornalista e escritor em Lisboa, tendo regressado há alguns anos à sua ilha Terceira, onde vive agora na localidade de Dois Caminhos, Terra Chã. Sobre a experiência deste regresso às raízes escreveu uma espécie de diário, no livro "A Vida no Campo", editado pela Marcador, em 2016. No campo da ficção, publicou três romances - "O Terceiro Servo", "Os Sítios Sem Resposta", e "Arquipélago" -, além de um livro de contos, intitulado "O Citröen que Escrevia Novelas Mexicanas".  

Trouxe-nos:

Gente Feliz com Lágrimas - João de Melo
Moby Dick - Herman Melville
O Fim da Aventura - Graham Greene

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Mais uma vez no Festival Literário da Gardunha, no Fundão, falamos com o poeta Miguel-Manso, com hífen (não confundir com um fotógrafo que também se chama Miguel Manso, mas sem hífen). Escalabitano, nascido em 1979, viveu muitos anos em Almeirim, antes de se mudar para Lisboa. Após uma estreia em edição de autor, com o livro "Contra a Manhã Burra", muito bem recebido pela crítica, publicou uma dezena de livros em menos de uma década. Além dos volumes da série "Carimbos de Gent", destacam-se os volumes "Tojo: Poemas Escolhidos", editado na Relógio d'Água, e "Persianas", com chancela da Tinta da China. Acaba de lançar, na Douda Correria, o livro "Rosto, Clareira e Desmaio". Com o irmão João, realizou "Bibliografia", um filme-documentário-performance. Vive há alguns anos longe do bulício citadino, cultivando a terra e criando animais numa aldeia do concelho da Sertã.

Trouxe-nos:
Grande Sertão: Veredas - João Guimarães Rosa
Silka - Ilse Losa
Tarot de Marselha

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Esta semana falamos com Maria João Cantinho no Festival Literário da Gardunha. Poeta, critica literária e ensaísta, doutorou-se em Filosofia Contemporânea pela Universidade Nova de Lisboa. Além de investigadora nesta área, colabora com a revista "Colóquio/Letras" e com muitas outras revistas literárias e académicas. Além de vários ensaios e alguma ficção, publicou quatro livros de poesia, o mais recente dos quais, "Do Ínfimo", foi distinguido com o Prémio Glória de Sant'Anna. Além de integrar vários júris de prémios literários, representou Portugal em Festivais de Poesia e Literatura no estrangeiro. Foi ainda directora da revista "Café com Letras" e é a actual editora da Caliban, uma revista de Letras, Artes e Ideias, por enquanto com uma existência puramente digital. 

Trouxe-nos:
O Banquete (ou O Simpósio) - Platão
Doutor Fausto - Thomas Mann
A Obra ao Negro - Marguerite Yourcenar

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Bem-vindos ao "Biblioteca de Bolso", um podcast sobre o modo como encontramos livros essenciais para a nossa vida, ou eles nos encontram. O convidado desta semana é João Tordo. Nascido em 1975, licenciou-se em Filosofia, andou pelo jornalismo e pela escrita de guiões, mas é como romancista que se tem destacado no panorama da literatura portuguesa. Estreou-se em 2004, com "O Livro dos Homens Sem Luz", a que se seguiram outros oito romances. Com "As Três Vidas", de 2008, ganhou o Prémio José Saramago. Acaba de lançar, na editora Companhia das Letras, "O Deslumbre de Cecília Fluss", concluindo assim uma trilogia iniciada com "O Luto de Elias Gro" e "O Paraíso segundo Lars D.". 
 
Trouxe-nos:
Moby Dick - Herman Melville
Os Detectives Selvagens - Roberto Bolaño
O Ano da Morte de Ricardo Reis - José Saramago

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O cineasta André Valentim Almeida é o nosso convidado desta semana. Nascido em 1977, ele realiza, escreve, edita, produz, é sonoplasta, e basicamente faz tudo o que há para fazer nos seus documentários, caracterizados por um estilo muito pessoal e intimista que já lhe valeu prémios e reconhecimento crítico. Da sua obra constam títulos como "Uma na Bravo outra na Ditadura", de 2010, sobre o 25 de Abril; "From New York with Love", de 2012; "A Campanha do Creoula", de 2013; e "Dia 32", já de 2017, que foi seleccionado para o Festival Indie Lisboa, que decorre neste momento. Depois de uma primeira sessão, no dia 6, o filme volta a ser exibido no sábado, dia 13 de Maio, pelas 14h15, no Pequeno Auditório da Culturgest. Nós, na Biblioteca de Bolso, já o vimos, gostámos muito, e recomendamo-lo vivamente aos nossos ouvintes.

Trouxe-nos:

A Campanha do Argus - Alan Villiers
Pensar - Vergílio Ferreira
Pescadores - Raul Brandão

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Esta semana recebemos Patrícia Reis. Nascida em 1970, estudou História e História de Arte, mas cedo iniciou uma carreira no jornalismo, com passagens pelo 'Independente', a 'Sábado', o 'Expresso', e várias revistas femininas. Em 2000, embarcou num projecto que é a menina dos seus olhos: a 'Egoísta', uma revista de culto que dirige desde o primeiro número, e que vem coleccionando prémios atrás de prémios na área do design gráfico. É ainda responsável pela 004, uma empresa que já foi um atelier de design e texto, e agora se assume como agência criativa. Da sua bibliografia, de que também constam livros de aventuras para o público infanto-juvenil e uma biografia de Vasco Santana, destacam-se as obras de ficção para adultos, nomeadamente os romances "Por Este Mundo Acima", "Contracorpo", "Gramática do Medo" (escrito a meias com Maria Manuel Viana, que foi nossa convidada no programa n.º 24) e "A Construção do Vazio", que acaba de ser lançado, com chancela da D. Quixote.  

Trouxe-nos:
A Fera na Selva - Henry James
A Ronda da Noite - Agustina Bessa-Luís
Anunciações - Maria Teresa Horta

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A convidada desta semana é Inês Fonseca Santos. Lisboeta, nascida em 1979, tem-se dedicado ao jornalismo, à escrita e à divulgação cultural. Depois de completado o curso de Direito, fez um mestrado em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea e nunca mais voltou para o território das leis. Já deu a cara e a voz em vários programas sobre cultura na televisão, mais recentemente em "Os Livros" e "Todas as Palavras", na RTP. Escreveu dois livros de poesia ("As Coisas" e "A Habitação de Jonas"), bem como vários livros para a infância e ensaios, nomeadamente sobre a poesia de Manuel António Pina, autor que está no centro do filme "As Casas Não Morrem", feito em parceria com Pedro Macedo. Entre muitos outros projectos em que se desmultiplica, assina, com Maria João Cruz, a dramaturgia e selecção de textos do projecto Boca Aberta, no Teatro Nacional D. Maria II, encenados por Catarina Requeijo.  

Trouxe-nos:
Toda a Mafalda - Quino
Para Sempre - Vergílio Ferreira
Poesia Reunida - Manuel António Pina

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Bruno Vieira Amaral é o convidado desta semana. Nascido em 1978, é um rapaz da Margem Sul do Tejo, onde cresceu, no Vale da Amoreira, e ainda vive, no Barreiro. Licenciou-se em História Contemporânea e já teve os mais diversos ofícios. Actualmente, dedica-se à escrita e é editor-adjunto da revista 'Ler'. O seu romance de estreia, "As Primeiras Coisas", de 2013, foi dos livros mais premiados em Portugal nos últimos anos, tendo recebido, entre outros, o Prémio Saramago, o Prémio Fernando Namora e o Prémio Pen Clube de Narrativa. Publicou ainda um "Guia para 50 Personagens da Ficção Portuguesa" e um ensaio sobre movimentos religiosos minoritários ("Aleluia!", editado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos). O segundo romance, "Hoje Estarás Comigo no Paraíso", com chancela da Quetzal, acaba de ser lançado e parte de uma investigação sobre o homicídio de um primo, em 1985.

Trouxe-nos:
La Orgía Perpetua - Mario Vargas Llosa
Otras inquisiciones - Jorge Luis Borges
O Encantador de Palavras - Manoel de Barros

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