Nestas Birras de Mãe discutem, sem sombra de politicamente correcto, medos, irritações, perplexidade, raivas e mal-entendidos entre gerações.
... moreShare Birras de Mãe
Share to email
Share to Facebook
Share to X
By Isabel Stilwell e Ana Stilwell
Nestas Birras de Mãe discutem, sem sombra de politicamente correcto, medos, irritações, perplexidade, raivas e mal-entendidos entre gerações.
... moreThe podcast currently has 51 episodes available.
Avós preparem-se, mais dia, menos dia, os vossos filhos sentam os vossos netos na cadeira alta e põem-lhe nas mãos um brócolo, assistindo embevecidos a como a criança o esmigalha entre as mãos, deixando cair o que resta ao chão. Quando acorrer à cena de prato e colher, vão recitar-lhe um termo “estrangeiro” que nunca ouviu antes, BLW, a sigla que depois de irem ao Google vão descobrir que significa Baby-Led Weaning. Entre na Birra de uma avó confrontada com esta “modernice” e uma filha/mãe que, além de ser uma acérrima defensora deste método de ensinar as crianças a comer de forma autónoma e segura, até percebe muito do assunto. Depois logo tira as suas conclusões.
See omnystudio.com/listener for privacy information.
A avó cora e atrapalha-se quando, no princípio deste episódio das Birras de Mãe, a filha a elogia. O ouvinte não pode confirmar que assim é, porque não há vídeo do acontecimento, mas pode confiar na nossa palavra, até porque, provavelmente, sabe bem que receber elogios não é uma coisa fácil. Porque se o poder do elogio é imenso, e quando é bem aplicado torna-se numa ferramenta fantástica na vida e na educação, há algumas armadilhas que complicam o seu uso, e até o tornam contraproducente.
Por exemplo, elogiamos a criança ou o desenho, dizemos-lhe que é o melhor futebolista do mundo, ou damos-lhe os parabéns por aquele golo fantástico? Não é igual, e explicamos-lhe porquê. E, já agora, temos algumas sugestões de como receber elogios sem ficar aflito, numa ânsia de gratidão misturada com o medo de parecer vaidoso — que a avó garante que vai tentar por em prática, e depois dá notícias do resultado.
Entre neste podcast e, claro, se nos quiser deixar umas “estrelas” não nos importamos nada.
See omnystudio.com/listener for privacy information.
Quando vamos buscar um filho/neto à escola, sobretudo nestes primeiros dias, não desate num interrogatório desenfreado - “O que fizeste?”, “Com quem brincaste?”, “o que comeste? “, a que ele responde com um “Nada”, ou um encolher de ombros que nos deixa frustrados. A tentação é enorme, tal o desejo de os sentir bem e integrados, mas fomos descobrir outros princípios de conversa que os ajudam a desabafar.
Bem-vindos à nova temporada de Birras de Mães!
See omnystudio.com/listener for privacy information.
No dia dos avós, as Birras de Mãe revoltam-se contra a ideia perversa e invejosa de que os avós “estragam” os netos. É uma calúnia, sem fundamento. Malévola, porque dá ideia de que as crianças lhes chegam todas perfeitinhas e eles se dedicam a transformá-las em monstrinhos. Mentirosa, porque muitas vezes esconde aquilo que os pais imaginam que devia ser a função dos avós: executar as instruções que lhes deixam afixadas no frigorífico, como se lhes competisse apenas continuar a “educação” que lhes é dada em casa.
Mas os avós não são baby-sitters, nem a sua função é reproduzir o modelo parental, mas acrescentar-lhe outras experiências, outros pontos de vista, alargando o horizonte dos netos. Os avós não estragam os netos, decididamente, o que já sabem pelos anos que viveram e a experiência que acumularam, é distinguir o essencial do acessório. E já não têm nem tempo de vida, nem paciência, para se dedicarem ao fogo-de-vista.
See omnystudio.com/listener for privacy information.
Porque é que temos tanta dificuldade em deixar os nossos filhos e netos brincar livremente, sem estarmos constantemente a dizer “Cuidado”? Isto, apesar de estarmos sempre numa romagem de nostalgia a dizer que antigamente é que era, num tempo em que trepávamos às árvores e jogávamos na rua, sem telemóveis, nem supervisão? Nós somos as únicas a fazer birras à conta desta excessiva protecção das crianças, e até dos bebés, para quem até já inventaram joalheiras para não esfolarem os joelhos a gatinhar, que o diga Rita Cordovil, investigadora da Faculdade de Motricidade Humana e que acaba de publicar um livro sobre a brincadeira nos primeiros anos de vida.
Mas porque é que os pais e os avós mais dedicados do mundo limitam a autonomia das crianças, e como conseguir que se libertem dos medos, para deixarem mais livres os seus filhos e netos? Este é o ponto de partida para a nossa birra de hoje.
See omnystudio.com/listener for privacy information.
Há sentimentos que temos dificuldade em confessar, porque nos fazem sentir mesquinhas, mas a verdade é que estão lá, e moem. No Birras de Mãe em lugar de os varrermos para debaixo do tapete, pomo-los em cima da mesa e dissecamo-los. É o que fazemos neste episódio em que a avó “protesta”, imagine-se, por já não haver lugar para as mães das mães nas salas de parto. Afinal, o parto sempre foi um assunto de mulheres, argumenta, e para o provar basta ver as iluminuras e pinturas que retratam o nascimento. Como, por exemplo, o magnífico quadro do Nascimento da Virgem de Francisco de Zurbarán, do século XVII — alguém vê ali um homem, provoca.
Pronto, lá faz a ressalva, de que é muito, muito bom, que hoje em dia sejam os maridos/pais dos seus netos a acompanhar as filhas, uma conquista irreversível e coisa e tal, mas lá que dói não estar presente, a segurar a mão das suas meninas, dói. Ui, mas há pior, anuncia: ser substituídas pela melhor amiga da parturiente?! Os ciúmes são uma coisa tramada, o que é mais do que razão para falarmos deles.
See omnystudio.com/listener for privacy information.
Sempre que os estudos internacionais indicam que os jovens portugueses são muito coladinhos aos pais, ficamos meios envergonhados. Como se nos estivessem a acusar de não os “largarmos da mão”, e de não os educarmos para a autonomia. Mas e se bem vistas as coisas, fosse uma coisa boa para pais e para filhos, uma característica latina a conservar? Entre nesta birra e deixe-nos a sua opinião.
See omnystudio.com/listener for privacy information.
Que o pêndulo vai de um extremo ao outro já sabíamos todos, mas a este ponto? Porque é que os adolescentes se sentem atraídos por comunicadores que advogam o regresso ao macho latino, e a uma masculinidade tóxica, que pretende devolver as mulheres ao lar doce lar? Numa fase em que procuram consolidar a sua identidade, os modelos de homens que vêem à sua volta, ou que lhes são vendidos, parecem-lhe demasiado “bananas”? Porque o discurso politicamente correcto, afinal, limita-nos a todos a estereótipos desinteressantes? A avó recomenda uma imersão na série Machos-Alfa, porque o sentido de humor inteligente é um alívio para toda a gente, a mãe recomenda aos pais que estejam atentos ao que os filhos andam a ver, não para proibir ou censurar, mas para os ajudar a contextualizar e a perceber melhor a mensagem por detrás da mensagem. Bem-vindo a mais uma Birra de Mãe.
See omnystudio.com/listener for privacy information.
A avó confessa que teve de tomar um ansiolítico antes de entrar em estúdio, e que desta vez prefere remeter-se ao papel de jornalista que coloca questões… a uma mãe que vê muitas vantagens no ensino doméstico. Se partilha da curiosidade da avó, entre nesta conversa que enfrenta com frontalidade e transparência uma realidade que cresce em Portugal.
See omnystudio.com/listener for privacy information.
Tudo começou com uma reportagem que a avó/mãe leu na revista Time sobre a gravidez... depois dos 50 anos, isto quando a biologia da mulher se mantém a mesma, ou seja, os ovários são considerados pela medicina como “geriáticos” a partir dos 35 anos. Que revolução é esta, com que consequências, e até que ponto é que há muita publicidade enganosa em redor da ideia de que as novas técnicas de fertilidade permitem adiar a maternidade, quase sem limite temporal. Será que não são as grandes empresas que oferecem às funcionárias o congelamento de óvulos que estão a vender uma quimera? Será que as mulheres, iludidas por esta aparente facilidade, estão a adiar a gravidez para demasiado tarde, por vezes convencidas de que precisam de atingir um patamar de requisitos que lhes permitam ser mães, mas que, talvez, não sejam tão essenciais como isso? Foi o ponto de partida para mais uma Birra de Mãe ao vivo, que a aconselhamos a não perder.
See omnystudio.com/listener for privacy information.
The podcast currently has 51 episodes available.