Molière só começou a ser redescoberto, em Portugal, depois da "Revolução dos Cravos" devido ao lado revolucionário de muitas das suas personagens que abalavam a ordem política, moral e religiosa do país. Quem o diz é Marie-Noëlle Ciccia, autora de várias obras sobre Molière em Portugal. O maior silêncio foi em torno de “D. João”, censurado e adulterado desde as primeiras traduções no século XVIII por ser considerado como um ataque aos valores morais e religiosos.