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Decorre até este sábado, 14 de Junho, uma das feiras de startups e tecnologia mais importantes da Europa. Na nona edição da VivaTech estão presentes nove startups portuguesas que se destacam ao conjugar inovação, impacto social e visão estratégica. Fomos descobrir três áreas distintas: publicidade digital, biotecnologia e inteligência artificial aplicada à gestão de fundos europeus, empresas que representam o vigor criativo e empreendedor de Portugal no universo tecnológico.
A InsurAds apresentou-se em Paris com uma proposta arrojada e tecnológica para resolver um problema que atinge o mundo da publicidade digital: o desperdício de investimento. A empresa, através de uma tecnologia única no mundo, desenvolveu uma forma de medir o tempo real de atenção que os utilizadores dedicam à publicidade on-line.
Segundo Gil Ferreira, que representa a empresa presente na feira, cerca de 40% do investimento publicitário digital é desperdiçado, entre cliques falsos, gerados por bots, e sobreexposição dos utilizadores a anúncios repetidos. A InsurAds combate essa ineficiência, permitindo que cada euro investido tenha um retorno estimado de 1,4€, em contraste com os 0,7€ habituais. É desta forma que a tecnologia consegue distinguir cliques reais de falsos, rastreando padrões e identificando endereços IP suspeitos, oferecendo aos anunciantes maior eficácia.
Na área da saúde, a Neurosov trouxe à VivaTech uma história de ciência e determinação. Fundada por Dina Pereira e Ana Clara Cristóvão, a startup é uma spin-off da Universidade da Beira Interior e desenvolve um candidato a medicamento para travar a progressão da doença de Parkinson.
Com 16 anos de investigação na base do projecto, motivada por uma experiência pessoal, a Neurosov já colabora com grandes farmacêuticas como a Bial e a AstraZeneca. Em Paris, conseguiu uma nova parceria com uma startup ligada à Sanofi, para incorporar inteligência artificial no desenho molecular antes dos ensaios pré-clínicos.
“O nosso objectivo é usar IA para poupar milhões à indústria farmacêutica e acelerar a descoberta de novos medicamentos”, conta Dina Pereira. O medicamento em desenvolvimento destina-se a ser administrado nos estádios iniciais da doença, podendo desacelerar ou mesmo travar a progressão, mantendo a medicação existente e melhorando substancialmente a qualidade de vida dos doentes.
A Neurosov é também um exemplo de coopetição: cooperação e competição em simultâneo. “Queremos que os pacientes tomem o nosso medicamento e o dos nossos concorrentes. A prioridade é sempre o doente”, concluem as fundadoras da startup, que també são docentes da Universidade da Beira Interior e investigadoras da RISE-Health.
Já a Granter, liderada por Bernardo Seixas, assume uma missão impactante: simplificar o acesso a fundos europeus para pequenas e médias empresas. Através de um agente de inteligência artificial, a startup automatiza todo o processo: desde a pesquisa de oportunidades, passando pela verificação de elegibilidade, até à submissão das candidaturas.
Em apenas 18 meses, a Granter já conseguiu fundos no valor de mais de 15 milhões de euros para os clientes. “Somos um colega virtual que trabalha 24/7 pelas empresas”, explica Bernardo Seixas. O reconhecimento chegou também com um prémio atribuído esta quinta-feira pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) na VivaTech, ajudando a empresa a entrar no mercado francês.
A Granter já opera em Espanha e Itália e quer expandir-se por toda a Europa, com foco não apenas nos fundos europeus, mas também no investimento. “O maior risco não é tecnológico, é regulatório”, alerta Bernardo, referindo-se à necessidade de a União Europeia criar uma regulamentação equilibrada para a IA que incentive, e não trave, a inovação.
By RFI PortuguêsDecorre até este sábado, 14 de Junho, uma das feiras de startups e tecnologia mais importantes da Europa. Na nona edição da VivaTech estão presentes nove startups portuguesas que se destacam ao conjugar inovação, impacto social e visão estratégica. Fomos descobrir três áreas distintas: publicidade digital, biotecnologia e inteligência artificial aplicada à gestão de fundos europeus, empresas que representam o vigor criativo e empreendedor de Portugal no universo tecnológico.
A InsurAds apresentou-se em Paris com uma proposta arrojada e tecnológica para resolver um problema que atinge o mundo da publicidade digital: o desperdício de investimento. A empresa, através de uma tecnologia única no mundo, desenvolveu uma forma de medir o tempo real de atenção que os utilizadores dedicam à publicidade on-line.
Segundo Gil Ferreira, que representa a empresa presente na feira, cerca de 40% do investimento publicitário digital é desperdiçado, entre cliques falsos, gerados por bots, e sobreexposição dos utilizadores a anúncios repetidos. A InsurAds combate essa ineficiência, permitindo que cada euro investido tenha um retorno estimado de 1,4€, em contraste com os 0,7€ habituais. É desta forma que a tecnologia consegue distinguir cliques reais de falsos, rastreando padrões e identificando endereços IP suspeitos, oferecendo aos anunciantes maior eficácia.
Na área da saúde, a Neurosov trouxe à VivaTech uma história de ciência e determinação. Fundada por Dina Pereira e Ana Clara Cristóvão, a startup é uma spin-off da Universidade da Beira Interior e desenvolve um candidato a medicamento para travar a progressão da doença de Parkinson.
Com 16 anos de investigação na base do projecto, motivada por uma experiência pessoal, a Neurosov já colabora com grandes farmacêuticas como a Bial e a AstraZeneca. Em Paris, conseguiu uma nova parceria com uma startup ligada à Sanofi, para incorporar inteligência artificial no desenho molecular antes dos ensaios pré-clínicos.
“O nosso objectivo é usar IA para poupar milhões à indústria farmacêutica e acelerar a descoberta de novos medicamentos”, conta Dina Pereira. O medicamento em desenvolvimento destina-se a ser administrado nos estádios iniciais da doença, podendo desacelerar ou mesmo travar a progressão, mantendo a medicação existente e melhorando substancialmente a qualidade de vida dos doentes.
A Neurosov é também um exemplo de coopetição: cooperação e competição em simultâneo. “Queremos que os pacientes tomem o nosso medicamento e o dos nossos concorrentes. A prioridade é sempre o doente”, concluem as fundadoras da startup, que també são docentes da Universidade da Beira Interior e investigadoras da RISE-Health.
Já a Granter, liderada por Bernardo Seixas, assume uma missão impactante: simplificar o acesso a fundos europeus para pequenas e médias empresas. Através de um agente de inteligência artificial, a startup automatiza todo o processo: desde a pesquisa de oportunidades, passando pela verificação de elegibilidade, até à submissão das candidaturas.
Em apenas 18 meses, a Granter já conseguiu fundos no valor de mais de 15 milhões de euros para os clientes. “Somos um colega virtual que trabalha 24/7 pelas empresas”, explica Bernardo Seixas. O reconhecimento chegou também com um prémio atribuído esta quinta-feira pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) na VivaTech, ajudando a empresa a entrar no mercado francês.
A Granter já opera em Espanha e Itália e quer expandir-se por toda a Europa, com foco não apenas nos fundos europeus, mas também no investimento. “O maior risco não é tecnológico, é regulatório”, alerta Bernardo, referindo-se à necessidade de a União Europeia criar uma regulamentação equilibrada para a IA que incentive, e não trave, a inovação.

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