Em 1985, a cartunista Alison Bechdel publicou um quadrinho em que duas amigas estavam indo ao cinema. Seria apenas mais uma, se ela não tivesse incluído na fala de uma delas que só via filmes com os seguintes critérios: tivesse pelo menos duas mulheres, elas conversem entre si e sobre alguma coisa que não seja um homem.

O que ela afirmou recentemente ter sido apenas uma brincadeira, mais de trinta anos depois segue gerando reflexão sobre o cinema - ou pelo menos deveria.

O Teste de Bechdel mostra como o mínimo não é atendido por muitos filmes. Ou vocês acham que duas mulheres conversando sobre qualquer coisa que não seja um homem é muito? E um levantamento da BBC de 2018 mostra que, até então, dos 89 ganhadores do Oscar de Melhor Filme, apenas 43 atendiam a esses critérios. Dá pra acreditar?

Assim como o mundo (a gente pelo menos espera), o audiovisual está em transformação e tem muita produção que traz a nossa forma de ver o mundo. Hoje conversamos sobre a importância de mulheres na direção e no roteiro de filmes e séries com a criadora de conteúdo do @narrativafeminina, Ana Paula.

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