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Meu convidado nasceu na Estância Turística da Barra Bonita, às margens do Rio Tietê, em 1983. Iniciou na natação aos 4 anos de idade por influência dos pais para tratar sua hiperatividade. Se tornou um nadador de alto rendimento até os 17 anos, quando já integrava o Projeto Futuro, coordenado pelo medalhista olímpico e treinador, Ricardo Prado.
Parou de nadar, focou no curso de direito e no trabalho na indústria de calçados do seu pai. Apesar de ter largado o esporte competitivo, manteve-se ativo por muitos anos, até decidir se aventurar no triathlon. Participou de algumas provas regionais e nacionais, onde inclusive conheceu sua cara metade. Estava se divertindo até que um grave acidente de bicicleta rompeu o ligamento do joelho e os ligamentos do ombro. Foi uma fase complicada. Entre operações e a recuperação o processo durou quase três anos. O que mais incomodava era não poder nadar, que somado à rotina estressante do trabalho o levou a sérias crises de pânico.
O esporte sempre foi seu equilíbrio emocional e físico, e assim, decidido a se livrar dos remédios e do sedentarismo, planejou a mudança. Sabia que para voltar a ter motivação e manter o foco nos treinos seria preciso se impor grandes desafios. Quanto maior o desafio, maior seria a certeza de que estaria bem e suas lesões, emocionais e físicas, curadas.
Em 2015, após 15 anos sem uma rotina de treinamentos e competições ele retomou a natação, focado especificamente em grandes provas de águas abertas. Desde então, o atleta revelação do ano de 2017 se consolidou como um dos principais ultramaratonistas do país.
Ele nadou as principais provas do cenário nacional, onde obteve destaque. É atualmente o único atleta ter participado com sucesso das 4 maiores travessias do Brasil e que acabou conquistando duas quebras de recorde. O primeiro na Leme ao Pontal e o segundo na travessia da Ilha do Arvoredo, em Santa Catarina. Isso foi dando a ele a base e confiança necessárias para tentar realizar a façanha de atravessar o Canal da Mancha. O caminho parecia certo para que ele chegasse na sua melhor condição ao Canal em 2020, porém, a pandemia o fez optar pelo adiamento do seu sonho.
Com muita determinação, persistência, humildade e fé, ele provou a si mesmo que era possível atravessar as adversidades que a vida nos impõe. Segundo ele, cada braçada importa e impacta positivamente a sua vida. Em 2022, exatamente no dia 5 de julho, ele partiu da Inglaterra rumo à França, onde chegou após ter nadado 50km em 10h e 58 minutos.
Conosco hoje o bacharel em direito, empresário, técnico em calçados, nadador e tecladista nas horas vagas, o barra bonitense Alan Augusto Vieira Barbosa. Inspire-se!
SIGA e COMPARTILHE o Endörfina através do seu app preferido de podcasts.
Contribua também com este projeto através do Apoia.se.
By Michel Bögli5
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Meu convidado nasceu na Estância Turística da Barra Bonita, às margens do Rio Tietê, em 1983. Iniciou na natação aos 4 anos de idade por influência dos pais para tratar sua hiperatividade. Se tornou um nadador de alto rendimento até os 17 anos, quando já integrava o Projeto Futuro, coordenado pelo medalhista olímpico e treinador, Ricardo Prado.
Parou de nadar, focou no curso de direito e no trabalho na indústria de calçados do seu pai. Apesar de ter largado o esporte competitivo, manteve-se ativo por muitos anos, até decidir se aventurar no triathlon. Participou de algumas provas regionais e nacionais, onde inclusive conheceu sua cara metade. Estava se divertindo até que um grave acidente de bicicleta rompeu o ligamento do joelho e os ligamentos do ombro. Foi uma fase complicada. Entre operações e a recuperação o processo durou quase três anos. O que mais incomodava era não poder nadar, que somado à rotina estressante do trabalho o levou a sérias crises de pânico.
O esporte sempre foi seu equilíbrio emocional e físico, e assim, decidido a se livrar dos remédios e do sedentarismo, planejou a mudança. Sabia que para voltar a ter motivação e manter o foco nos treinos seria preciso se impor grandes desafios. Quanto maior o desafio, maior seria a certeza de que estaria bem e suas lesões, emocionais e físicas, curadas.
Em 2015, após 15 anos sem uma rotina de treinamentos e competições ele retomou a natação, focado especificamente em grandes provas de águas abertas. Desde então, o atleta revelação do ano de 2017 se consolidou como um dos principais ultramaratonistas do país.
Ele nadou as principais provas do cenário nacional, onde obteve destaque. É atualmente o único atleta ter participado com sucesso das 4 maiores travessias do Brasil e que acabou conquistando duas quebras de recorde. O primeiro na Leme ao Pontal e o segundo na travessia da Ilha do Arvoredo, em Santa Catarina. Isso foi dando a ele a base e confiança necessárias para tentar realizar a façanha de atravessar o Canal da Mancha. O caminho parecia certo para que ele chegasse na sua melhor condição ao Canal em 2020, porém, a pandemia o fez optar pelo adiamento do seu sonho.
Com muita determinação, persistência, humildade e fé, ele provou a si mesmo que era possível atravessar as adversidades que a vida nos impõe. Segundo ele, cada braçada importa e impacta positivamente a sua vida. Em 2022, exatamente no dia 5 de julho, ele partiu da Inglaterra rumo à França, onde chegou após ter nadado 50km em 10h e 58 minutos.
Conosco hoje o bacharel em direito, empresário, técnico em calçados, nadador e tecladista nas horas vagas, o barra bonitense Alan Augusto Vieira Barbosa. Inspire-se!
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