A vida tem momentos muito duros, que nos põem à prova e, quando achamos que está tudo bem, surge uma ventania que leva metade das cartas, ficam cartas perdidas, outras que se encontram mas estão danificadas.
O baralho já não é o mesmo mas não pode perder-se a vontade de voltar a juntar todas as cartas e formar o baralho, ainda que com outras cartas, ainda que a sabermos que somos um baralho diferente do que éramos antes da ventania.
Há que querer voltar a ter uma base para se conseguir continuar a ir a jogo.
É isso que o Luís e a Inês têm feito principalmente desde que um dos seus filhos, o Gonçalo, morreu de suicídio.
Cada um com as suas dores, com a sua forma de viver o luto, têm mantido um baralho muito bonito, que começou numa noite no Bananas e desde então o Casino não parou.
Alinharam em conversar comigo separados, e tenho a certeza que o Gonçalo está de coração cheio por ver que afinal 2+2 nem sempre dá 4 e que os pais estão a aprender a viver nessa soma que tantas vezes lhes parece subtração.
Partilharam o que lhes vai na alma e no coração para ajudar quem nos ouvir, e fizeram-no como só consegue quem adora a adrenalina da banca e o fascínio da arte 😉
OBRIGADA!
Por tanto.
Espero que se inspirem.
Beijinhos,
Ticas
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