"Todas nós passamos por um momento de virada de chave quando conseguimos entender o que é desejado e aplaudido pela sociedade. Meninas jovens não são fúteis por se preocupar tão cedo com a aparência, são vítimas. Crescer em uma casa em que quando qualquer pessoa perde peso é aclamada por “UAU, como você emagreceu, está linda” registra em nossos cérebros ainda em formação que receberemos mais carinho e atenção caso sejamos mais magras. Mas isso não vale só para magreza: se na sua casa, os primeiros comentários sobre qualquer mulher são sobre a aparência, desde muito novas fica claro qual jogo estamos jogando. Esse capítulo é o meu apelo pra você ser a voz de carinho e acolhimento para qualquer menina jovem que esteja passando por esse período difícil de se entender mulher no mundo e um convite pra você repensar quais foram as situações que te traumatizaram e conectar as idades que tinha na época. Espero que você elimine qualquer autojulgamento que te faz companhia na cabine de uma loja de biquini e que, ao ser atingida por essas memórias intrusivas, você substitua a vergonha por autocompaixão. Afinal, todas nós ainda carregamos essa menininha que, no meu caso, fingiu estar menstruada para ficar de short e camiseta a metros de distância da água em festas na piscina porque se sentia um monstro de tão feia. Ela merece nosso abraço." Bom dia, Obvious! Hoje, Marcela Ceribelli, CEO e diretora criativa da Obvious e com esse trecho do capítulo três do seu livro Aurora, o despertar da mulher exausta, abre a conversa com a modelo midsize e apresentadora do podcast O que Disse Padrão, Andressa Almeida. Vamos investigar a história das dietas usando como pano de fundo nossas histórias pessoais