Sejam bem-vindas ao grande museu de sentimentos não nobres: logo ali, à esquerda, vocês encontram rancor e inveja, à direita, encontramos o nosso caso de estudo de hoje: o ciúmes. Aviso desde já que revisitar situações em que ele nos invadiu pode ser constrangedor. Temos quase ou nada de controle sobre ele, mas esse monstrinho chega como um incômodo físico, uma sensação de menos valia, um mix de raiva com meu deus eu não queria estar sentindo isso. Cada pessoa sabe onde o ciúmes bate: às vezes é sobre posse, outras tantas sobre inseguranças pessoais. Ciúmes da amiga, do namorado, ciúmes do brinquedo que é meu e de mais ninguém. Sim, a criança interior pode chegar dando estrelinhas e nos derrubar com força em situações em que dá vontade de gritar "a brincadeira é minha e eu que mando". Mas botando essa criança pra dormir e lembrando que o controle é na maior parte das vezes uma sensação falsa, entendemos que a posse é um telhado de vidro que pode ser destruído com a lembrança de que não importa quanto ciúmes você sente, o outro tem total domínio sobre as próprias ações. Bom Dia, Obvious. Hoje, Marcela Ceribelli, CEO e diretora criativa na Obvious conversa com a redatora da Obvious e estudante de psicanálise, Thais Cézare.