O que diferencia a mulher que recebe o comentário "Ela é tão boazinha" daquela que ouve diretamente ou pelas costas "Nossa, ela é super difícil"? Ser uma pessoa boa envolve generosidade, educação, compaixão. Mas ser uma mulher boazinha parece que entra em um outro território: altruísmo quase compulsivo, o desejo constante de agradar e trazer conforto pro outro - mesmo que isso signifique ignorar o seu. Em Mulheres que Correm com os Lobos, Clarissa Pinkola Estés diz que a mulher selvagem ensina às mulheres quando não se deve ser "boazinha", no que diz respeito à proteção da expressão da nossa alma. A natureza selvagem sabe que a "doçura" nessas ocasiões só faz com que o predador sorria. Na contramão disso, temos aquelas que ousam desobedecer, expressar e até exigir suas necessidades, mas que facilmente são descredibilizadas pela categoria "personalidade forte demais". Afinal, as grandes vitoriosas acabam sendo aquelas que são melhores no ato de passar despercebidas? A melhor forma de controlar as mulheres seria convencê-las a se controlarem? Se ser difícil é conseguir estabelecer limites e entender quando estou passando por cima do que eu acredito para agradar o outro, muito prazer, está aqui uma mulher difícil. Bom Dia, Obvious, eu sou Marcela Ceribelli e hoje vamos explorar a cilada da mulher boazinha com a criadora de conteúdo, arte e roupas confortáveis, Lela Brandão.