Ciganinha, bunda de mulata, judeu errante, dama da noite, chá-de-bugre… Você já se deparou com algum desses nomes? É assim que são conhecidas popularmente diversas plantas da nossa flora, com algumas variações regionais. Nomes pejorativos, racistas, misóginos e até antissemitas que passam muitas vezes despercebidos pela maioria de nós. Mas não passou pela artista e pesquisadora Giselle Beiguelman, nossa convidada de hoje, que vem reunindo nos últimos anos nomenclaturas botânicas de plantas, árvores e frutos com nomes científicos e populares preconceituosos, investigando também o que originou e fez com que esse padrão se perpetuasse na nossa cultura.
Giselle Beiguelman é também curadora e professora da Faculdade de Arquitetura da USP, e está em cartaz no Museu Judaico de São Paulo, com a exposição Botannica Tirannica - e vale lembrar que você tem até dia 18 de setembro pra visitar. Apresentação: Anita Efraim e Amanda Hatzyrah.