Share Mundaréu
Share to email
Share to Facebook
Share to X
Todo o processo de gestação, parto e nascimento é um grande acontecimento, que mobiliza muita gente, muitos cuidados. Especialmente quando é a primeira gestão de uma pessoa. Tem sempre muita informação circulando sobre gravidez e parto. Mas a gente ainda fala muito pouco do período imediatamente depois que o bebê nasce, os primeiros dias, primeiras noites. Essa fase que chamamos de puerpério, e que é puro caos e muitas emoções. Hoje, a gente vai conversar sobre amamentação. Essa fase importante que acontece no puerpério e que envolve uma nova relação entre mães, bebês, famílias e suas dinâmicas. Quais são os problemas e dilemas que acontecem durante essa fase? É possível pensar em perspectivas feministas sobre a amamentação? Como elas se relacionam às expectativas das mulheres e às prescrições e orientações do campo da saúde?
Vamos conversar com Marina Nucci, que é Doutora em Saúde Coletiva e professora do Instituto de Medicina Social da UERJ, e com Bianca Balassiano, consultora de amamentação. Elas duas se conheceram quando Marina teve sua primeira filha, e Bianca ajudou Marina com as suas dificuldades ligadas à amamentação. A gente vai falar sobre o tipo de trabalho que a Bianca faz, e como Marina desenvolve perguntas feministas de pesquisa a partir disso. Vem com a gente, vamos entrar no consultório da Bianca. Esse episódio foi gravado no Rio de Janeiro em outubro de 2023.
Mais informações:
Página do episódio
Referências
BALASSIANO, Bianca. Desmame gradual: como dar um final feliz à sua história de amamentação. Rio de Janeiro: Mapa Lab, 2020.
NUCCI, Marina; RUSSO, Jane. Ciência, natureza e moral entre consultoras de amamentação. In: SILVA, Cristina Dias (Org.). Saúde, corpo e gênero: perspectivas teóricas e etnográficas. Juiz de Fora: Editora UFJF, 2021, p. 70-86.
NUCCI, Marina; FAZZIONI, Natalia. Amor ou risco? Refletindo sobre sentidos, regulações e orientações a respeito do leite materno a partir de casos de “amamentação cruzada”. Horizontes Antropológicos, v. 27, p. 291-322, 2021.
KALIL, Irene. De silêncio e som: a produção de sentidos nos discursos pró-aleitamento materno contemporâneos. Rio de Janeiro: Multifoco, 2016.
Materiais extras
Sugerimos conhecer o seguinte debate sobre amamentação e perspectivas feministas, do qual Marina participou:
FAZZIONI, Natalia; LERNER, Kátia. Mudando a conversa e “ficando com o problema”: advogando por perspectivas feministas e interseccionais sobre amamentação. Interface, v. 28, 2024.
NUCCI, Marina. Para além das “prescrições” da boa maternidade: pensando a amamentação a partir dos estudos de gênero e feminismos. Interface, v. 28, 2024.
CARNEIRO, Rosamaria. Nas teias da internet: um tanto de liberdade, um tanto de moralização no aleitar. Interface, v. 28, 2024.
BRANDÃO, Elaine. Saberes que se cruzam: gênero, ciência e expertise leiga. Interface, v. 28, 2024.
KALIL, Irene. “Conscientes, exaustas e conectadas”: até onde vão os agenciamentos de mulheres que amamentam? Interface, v. 28, 2024.
CAL, Dalila. Amamentação, internet e relações de poder. Interface, v. 28, 2024.
(Réplica)
Expediente
Apresentação: Daniela Manica
Costurar coletivamente é entrelaçar histórias e trajetórias… Apresentamos a oficina “Costurando um mundaréu de relatos” que contou com o apoio e organização da equipe do podcast Mundaréu. Nos reunimos nas XV Jornadas Latinoamericanas de Estudios Sociales de la Ciencia y Tecnología, que aconteceram na Unicamp, em Campinas, entre os dias 23 e 25 de julho de 2024. O tema do evento foi Re(fazer) a ciência e a tecnologia na democracia.
Nesta oficina, chamada “Costurando um mundaréu de relatos”, buscamos desenvolver as habilidades da fala, da escuta, através das articulações entre técnicas têxteis e artesanais como o bordado, e experimentações com tecnologias digitais, como a produção em áudio e visual.
Considerando a urgência da “questão de como ‘(re)fazer’ a ciência e a tecnologia na democracia”, proposta pelo congresso como tema central, reunimos relatos de pesquisas e pesquisadoras sobre os sentidos e histórias que percorrem e marcam as nossas trajetórias nas universidades latinoamericanas, e o que nos une nesse território violentado e colonizado, a latinoamerica, América Latina, Améfrica Ladina, Abya Yala.
Na oficina, depois de um processo inicial de exploração corporal, trabalhamos com práticas têxteis artesanais a partir de objetos pessoais carregados de alguma memória ou referência afetiva que foram logo postos em relação, em duas instalações efêmeras coletivas. Este trabalho foi acompanhado da produção de imagens e figurações que remetam a histórias de pesquisa e de vida; relatos em áudio que foram gravados e agora figuram em formato de áudio aqui no site, articulados aos projetos visuais produzidos durante a atividade.
Apresentamos a vocês uma experimentação em áudio e imagem, com uma colcha de retalhos material, como um repertório de histórias e relatos de experiências, e de inspiração para processos transformativos reais no mundo, e nas universidades:
Acesse a colcha através do link acima, e navegue entre imagens, áudio e textos para conhecer o mundaréu de relatos que coletamos. Veja as/os/es participantes da oficina no carrossel abaixo. Para quem está acessando dos agregadores de podcast, conheça a página principal e fotos da oficina por aqui.
Esta oficina teve como inspiração os trabalhos “Sonidos entre costuras” e “Materializando el cuerpo, anudando quipus” do Semillero Costurero da coletiva de pesquisa Artesanal Tecnológica, liderado pela professora Tania Pérez-Bustos; e o projeto Colcha de Relatos, desenvolvido pela coletiva El Costurero da Universidade ICESI e liderado pela profa. Margarita Cuellar Barona.
Ficha Técnica
Coordenação da oficina: Daniela Manica e Tania Perez-Bustos
Este episódio foi gravado no encontro da Associação Brasileira de Estudos Sociais das Ciências e das Tecnologias, que chamamos de ESOCITE-BR. Esta décima edição do evento aconteceu em Maceió, na Universidade Federal de Alagoas, no final de outubro de 2023.
Nesta ESOCITE-BR, nós propusemos o Fórum “Perspectivas feministas sobre ciência e tecnologia: experiências de troca e mobilização a partir da antropologia” que teve esta proposta original:
Este fórum propõe uma conversa entre antropólogas e interlocutoras situadas a partir de perspectivas feministas que percorrem o campo CTS. Pretendemos discutir em que medida o desenvolvimento científico/tecnológico atende a prioridades efetivamente coletivas, populares e locais; como dialogam movimentos sociais e pesquisas das áreas biológicas e exatas, e das humanidades e dos estudos sociais das ciências e das tecnologias. Como comunicar resultados, disputar sentidos, conversar sobre as pesquisas feitas sobre ciência e tecnologia na América Latina com um público mais amplo que o científico, e explorando através dos podcasts as transmidialidades do som, do texto, e da imagem? O fórum movimentará esta questão a partir de experiências de pesquisa sobre temáticas como menstruação, parto e os estudos de deficiência. Através de experimentações com a comunicação da ciência, através do podcast, propomos pensar como a perspectiva antropológica pode ajudar a inserir a ciência e tecnologia produzidas na América Latina no debate público, de perspectivas feministas conectadas às demandas que se articulam através de movimentos sociais. Como as sonoridades podem compor afetos que transformem as percepções e sentidos das ciências? Será possível pensarem decolonizar a ciência e a tecnologia a partir dos problemas colocados pelos estudos sociais das ciências e tecnologia sem nossa região? Será o áudio em podcast um tipo de mídia favorável para a produção de sentidos e afetos que humanizem mais a ciência, os/as cientistas, e redirecionem suas práticas para realidades mais democráticas, justas e inclusivas? Perguntamos, finalmente, como os estudos antropológicos sobre ciência, tecnologia e as tecnociências podem contribuir para deslocamentos de perspectiva e para a produção de novos horizontes de pensamento sobre o tipo de sociedade na qual queremos viver. Os debates fomentados ajudarão a levantar elementos para a discussão sobre ciência, educação e desenvolvimento de uma perspectiva que deixa de tratar a ciência por seu caráter eminentemente técnico, privilegiando identificá-la como uma prática humana, com pressupostos e expectativas sociais e políticas.
O formato de Fórum previu a participação dialogada de três duplas. Primeiro, Telma Low (psicóloga e professora da UFAL) e Débora Allebrandt (antropóloga e professora da UFAL). Segundo, Laert Malta (estudante de psicologia da UFAL e ativista no campo trans e da deficiência) e Nádia Meinerz (antropóloga e professora da UFAL). E a terceira dupla, Isabel de Rose (antropóloga e professora da Universidade Federal de Santa Catarina) e Clarissa Reche (antropóloga e doutora pela Universidade Estadual de Campinas). Daniela Manica, coordenadora do Mundaréu, antropóloga e professora da Unicamp, coordenou o Fórum.
Telma Low:
Débora Allebrandt:
Laert Malta e Silva:
Nádia Elisa Meinerz:
Clarissa Reche Nunes da Costa:
Isabel Santana de Rose:
Expediente:
Agradecimentos: Organização da ESOCITE-BR, Universidade Federal de Alagoas, Janine Mathias, LABJOR/Unicamp, FAPESP, CNPq e toda a equipe do Mundaréu da UnB e da Unicamp.
O último ciclo de “De Lua em Lua” está no ar! Venha celebrar conosco as forças das menstruações e viajar em uma jornada de renascimento e conexão com nossos corpos. Nesse ciclo, nosso convite é para abrirmos nossas escutas e nossos corações para perceber nossas experiências menstruais de maneiras novas e libertadoras. Desde histórias marcantes até momentos de revolta e introspecção, cada parada desta jornada nos traz um novo entendimento sobre a dignidade menstrual. Para encerrar com chave de ouro, vamos conversar sobre as belezas que residem em nós, pessoas que menstruam. E assim seguimos, nos renovando de ciclo em ciclo, de lua em lua.
Materiais extras:
Mais informações:
Expediente:
Agradecimentos: Agradecemos ao CNPQ pela disponibilização do financiamento para o PIBIC-EM, ao Projeto de Extensão Comunitária “Olhos no Futuro” (Campus Sustentável, UNICAMP), à Escola Estadual Dr. Telêmaco Paioli Melges e a todas as pessoas que participaram do projeto.
O que achou do episódio? Nos conte: [email protected]
Cada pessoa vive a menstruação de uma forma diferente! Nesse ciclo vamos conversar um pouco sobre os desconfortos e limitações que o período menstrual pode acarretar. Ouvimos como menstruar na escola pode impactar em atividades como, por exemplo, a participação na educação física. Conhecemos a rotina de uma professora de Muay Thai e o que ela sente e faz quando está menstruada. E também escutamos a história de uma mulher Guaraní que nos dá uma outra perspectiva sobre certas limitações que a menstruação traz e que são entendidas e praticadas como cuidado.
Então, bora continuar essa conversa? Liga o som e vem com a gente, de ciclo em ciclo, de Lua em Lua!
Materiais extras:
Mais informações:
Expediente:
Agradecimentos: Agradecemos ao CNPQ pela disponibilização do financiamento para o PIBIC-EM, ao Projeto de Extensão Comunitária “Olhos no Futuro” (Campus Sustentável, UNICAMP), à Escola Estadual Dr. Telêmaco Paioli Melges e a todas as pessoas que participaram do projeto.
O que achou do episódio? Nos conte: [email protected]
Quando falamos sobre menstruação, é inevitável pensarmos nas dores, aflições e incômodos que vivenciamos. Muitas de nós sabem que todo mês vão sentir cólicas e dores por pelo menos dois ou três dias. É estar sempre em estado de alerta com algum remédio guardado na bolsa. Será que a escola está preparada para acolher e cuidar dessas dores? Neste ciclo, ouvimos a opinião de professoras sobre a importância de saber mais sobre as menstruações, discutimos a influência da menstruação na vida dos meninos e conhecemos o relato de uma obstetriz sobre respeitar a diversidade de experiências menstruais e a necessidade de oferecer cuidados adequados para lidar com as dores.
Então, bora continuar essa conversa? Liga o som e vem com a gente, de ciclo em ciclo, de Lua em Lua!
Materiais extras:
Mais informações:
Expediente:
Agradecimentos: Agradecemos ao CNPQ pela disponibilização do financiamento para o PIBIC-EM, ao Projeto de Extensão Comunitária “Olhos no Futuro” (Campus Sustentável, UNICAMP), à Escola Estadual Dr. Telêmaco Paioli Melges e a todas as pessoas que participaram do projeto.
O que achou do episódio? Nos conte: [email protected]
Estamos de volta com mais um ciclo da série “De Lua em Lua” e dessa vez vamos falar sobre algo que todo mundo já sentiu na pele (ou no estômago): os nojos que cercam a menstruação! Mas por que a menstruação está associada a um sentimento de nojo? Neste ciclo, vamos ouvir histórias que nos ajudam a pensar sobre isso e buscar caminhos para nos livrarmos das culpas e vergonhas que sentimos quando estamos menstruadas. Tem histórias de amigos que ajudam, meninas que enfrentam preconceitos na escola e conhecimentos preciosos sobre a energia da menstruação na Umbanda!
Então, bora continuar essa conversa? Liga o som e vem com a gente, de ciclo em ciclo, de Lua em Lua!
Materiais extras:
Mais informações:
Expediente:
No nosso terceiro ciclo, mergulhamos nas experiências de vergonha em torno da menstruação. A vergonha em falar sobre menstruação provoca um enorme silêncio sobre o tema e este retroalimenta a cadeia de punições, violências e confere indignidade ao sangue menstrual e tudo que ele representa. Nesse ciclo, ouvimos histórias sobre a importância do acesso ao banheiro na escola, experiências de um pai viúvo com sua filha menstruada e a vivência de um homem trans tendo que enfrentar a menarca sozinho. Como forma de enfrentar essas vergonhas, discutimos sobre a importância da educação menstrual nas escolas a partir de uma abordagem transversal do tema nos currículos escolares.
Então, bora continuar essa conversa? Liga o som e vem com a gente, de ciclo em ciclo, de Lua em Lua!
Materiais extras:
Mais informações:
Expediente:
Agradecimentos: Agradecemos ao CNPQ pela disponibilização do financiamento para o PIBIC-EM, ao Projeto de Extensão Comunitária “Olhos no Futuro” (Campus Sustentável, UNICAMP), à Escola Estadual Dr. Telêmaco Paioli Melges e a todas as pessoas que participaram do projeto.
O que achou do episódio? Nos conte: [email protected]
A mancha do sangue menstrual representa um dos maiores constrangimentos que qualquer pessoa que menstrua pode passar. Essa mancha representa o eco das vozes castradoras – “desastrada!”, “preguiçosa!”, “suja!” – que acionam o botão “serei punida!”. Neste ciclo, ouvimos histórias de professoras e estudantes que vivenciaram um dos maiores terrores das meninas: menstruar na escola e ficar manchada. Conhecemos também a história de uma mulher que viveu e menstruou em situação de rua. Também conversamos sobre como podemos reconhecer, acolher e valorizar as menstruações, em especial dentro do ambiente escolar.
Então, bora continuar essa conversa? Liga o som e vem com a gente, de ciclo em ciclo, de Lua em Lua!
Materiais extras:
Mais informações:
Expediente:
Agradecimentos: Agradecemos ao CNPQ pela disponibilização do financiamento para o PIBIC-EM, ao Projeto de Extensão Comunitária “Olhos no Futuro” (Campus Sustentável, UNICAMP), à Escola Estadual Dr. Telêmaco Paioli Melges e a todas as pessoas que participaram do projeto.
O que achou do episódio? Nos conte: [email protected]
O primeiro ciclo do podcast De Lua em Lua mergulha no universo da menstruação e adolescência, trazendo relatos de estudantes e professores sobre suas experiências com a menstruação, sejam elas pessoas que menstruam ou não. Conversamos sobre o conhecimento comum que temos da menstruação. Com muita sensibilidade e um tanto de antropologia, o ciclo destaca a importância do conhecimento e da dignidade menstrual para uma vida plena. Este é apenas o início de uma série de sete ciclos que irão enriquecer nosso entendimento sobre esse tema essencial.
Então, bora continuar essa conversa? Liga o som e vem com a gente, de ciclo em ciclo, de Lua em Lua!
Materiais extras:
Mais informações:
Expediente:
Agradecimentos: Agradecemos ao CNPQ pela disponibilização do financiamento para o PIBIC-EM, ao Projeto de Extensão Comunitária “Olhos no Futuro” (Campus Sustentável, UNICAMP), à Escola Estadual Dr. Telêmaco Paioli Melges e a todas as pessoas que participaram do projeto.
O que achou do episódio? Nos conte: [email protected]
The podcast currently has 97 episodes available.