Hoje é primeiro de abril, o dia mundial da mentira! Antigamente era uma brincadeira anual, dia para se pregar uma peça. Era comum entre os veículos de comunicação e suas audiências, inclusive os grandes e até os mais carrancudos, ditos conservadores participavam.
As mentiras, na maioria absoluta das vezes, tinham uma pegada de humor, todo mundo se divertia com a brincadeira, que durava no máximo 24hs. No dia 02, ou seja, o dia seguinte ao da mentira, a verdade voltava à tona, surgia o desmentido.
Essa história de 1º de abril ser o Dia da Mentira, de ser uma efeméride é tão forte que até eventos eram antecipados ou postergados para não ser carimbado com esta marca.
Um exemplo: o golpe militar no Brasil de 1964 aconteceu, de fato, em 1º de abril, mas é lembrado pelo pessoal das forças armadas – triste lembrança, vale frisar – no dia 31 de março.
O Dia da Mentira segue vivo, mas agora não como uma efeméride, mas como uma ação do cotidiano. Ou seja, todo dia é dia de mentira.
E infelizmente, deixou de ser uma brincadeira saudável, até inocente. Agora a pegada é séria e maldosa. E criminosa!
O cotidiano da mentira agora chama-se fake news. É perpetrada a qualquer hora, em qualquer lugar, contra uma pessoa, um sistema, uma instituição.
Afeta imagem e destrói reputações.
Não é mais uma ação inocente, cujo único objetivo era divertir. Não, agora, com as fakes news as intenções são outras, visam a beneficiar um grupo, uma pessoa, uma instituição, um sistema, uma empresa.
As fakes news podem representar prestígio
As fakes news podem representar dinheiro, muito dinheiro;
As fakes news podem representar poder, muito poder;
Mas a disseminação de fake news é crime! Crime grave.
As fakes news enganam, induzem as pessoas ao erro, a agirem de maneira indevida.
A saída da Grã-Bretanha das União Europeia foi, por exemplo, fortemente influenciada por fake news;
Bem como a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, super apoiada em fake news, assim com a de Bolsonaro, no Brasil.
Aliás, no caso brasileiro, a mentira segue sendo ativo do presidente e seu grupo.
Ele próprio planta e espalha fake news.
E para que a mentira ou fake news, seu codinome gourmet, não interfira nos resultados das próximas eleições, que acontecem em outubro no País que o TSE – Tribunal Superior Eleitoral – adotou uma série de medidas preventivas, incluindo as redes sociais, que funcionam como plataformas disseminadoras.
Elas assinaram termo na Justiça assegurando que irão redobrar seus cuidados e impedir que temas sensíveis sejam contaminados pela mentira.
Vão ter muito trabalho, por certo!
Em paralelo a ação do TSE, o Congresso Nacional preparou projeto que criminaliza a disseminação das fake news, colocando areia nos planos do presidente e de seu grupo, que atribuem as suas mentiras aos inocentes exercício da Liberdade de Expressão.
Mas não se pode usar a Liberdade de Expressão para atacar a própria Liberdade de Expressão.
A Liberdade de Expressão não é o Santo Graal, não pode tudo não.
Tem limites e estes limites estão bem demarcados e devem ser respeitados.
A sua liberdade de Expressão, para deixar tudo bem claro, termina quando começa a do outro, um território que não pode ser invadido, de maneira alguma.
O maior mentiroso do nosso País, usa um termo bíblico, de maneira falaciosa, para dar suporte de veracidade a sua farsa. “A verdade vos libertará”.
A verdade é suprema e não libertará ninguém que faz da mentira a sua arma fatal para conquistar seus objetivos.
Não seja enganado. Não seja enganado duas vezes.
Antes de repassar uma informação pelas redes sociais, confirme sua origem e sua veracidade.
A mentira ou fake news pode destruir reputações, destruir vidas e até um País.