Mais de 7 milhões de mulheres têm endometriose no Brasil, uma doença que provoca muita dor na maioria dos casos e por isso interfere demais na qualidade de vida da mulher. Além disso, quem tem endometriose ainda corre o risco de ficar infértil. Desde maio deste ano, a Organização Mundial de Saúde considera a endometriose um problema de saúde pública. Recentemente médicos brasileiros criaram uma nova classificação que vai permitir elaborar estratégias para que a mulher saiba em que estágio a doença está. Isso é fundamental para que o médico possa programar tratamentos ou cirurgias necessárias para o caso, o que garante menos riscos para a paciente e menos gastos para a saúde. O episódio de hoje tem a participação de duas mulheres que sofreram demais com a endometriose: Tathiane Fátima Bastos da Cruz, enfermeira, de 38 anos, e Cristiane Rodrigues Palácio, de 49 anos, analista administrativo. E a Valéria Almeida entrevista o médico Maurício Abrão, ginecologista professor da Faculdade de Medicina da USP, coordenador da ginecologia do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo e referência mundial em endometriose. Ele explica por que essa nova classificação é tão importante para quem tem endometriose. E explica também: quais os sintomas mais comuns? O que acontece com quem não se trata? E como o serviço público de saúde pode ajudar quem tem endometriose?