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Anos atrás eu encontrei uma vizinha que eu não via há muito tempo. A gente se encontrou no meio da calçada que levava pro condomínio e naquele silêncio até chegar em casa, a gente foi alternando na missão de puxar um assunto pra preencher aquele momento.
E aí ela começou me contar que em uma semana ela ia fazer uma viagem de navio pra solteiros. Ela tinha cansado de aplicativos, de encontros chatos, de pessoas que pareciam legais, mas na verdade não sustentavam meia hora de date, e aí uma amiga dela falou desse navio. Desse Cruzeiro. Ela resolveu tentar. E aí ela disse: “eu vivo num dilema. na época que eu tava namorando, eu achava que tinha uma vida imperdível lá fora, que eu poderia viver se eu fosse solteira, e agora que eu tô solteira eu acho que tem uma vida que eu tô perdendo por não estar namorando.”
E aí a gente riu mto, porque no fundo a gente fica procurando aquela coisa que vai ser paraíso e só paraíso. E no fim… o inferno são os outros, mas o paraíso também. E essa ambiguidade, essa complexidade que faz o sair de casa, o se relacionar, o conhecer pessoas, o namorar, o ficar solteira tão irresistível…tem um paraíso a ser descoberto em cada coisa. Mas tem desconforto também. A realidade é tudo.
É por aí que vai o episódio dessa semana. Cê vem?
edição: @valdersouza1 identidade visual: @amandafogaca texto: @natyops Apoie a nossa mesa de bar: https://apoia.se/paradarnomeascoisas
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Anos atrás eu encontrei uma vizinha que eu não via há muito tempo. A gente se encontrou no meio da calçada que levava pro condomínio e naquele silêncio até chegar em casa, a gente foi alternando na missão de puxar um assunto pra preencher aquele momento.
E aí ela começou me contar que em uma semana ela ia fazer uma viagem de navio pra solteiros. Ela tinha cansado de aplicativos, de encontros chatos, de pessoas que pareciam legais, mas na verdade não sustentavam meia hora de date, e aí uma amiga dela falou desse navio. Desse Cruzeiro. Ela resolveu tentar. E aí ela disse: “eu vivo num dilema. na época que eu tava namorando, eu achava que tinha uma vida imperdível lá fora, que eu poderia viver se eu fosse solteira, e agora que eu tô solteira eu acho que tem uma vida que eu tô perdendo por não estar namorando.”
E aí a gente riu mto, porque no fundo a gente fica procurando aquela coisa que vai ser paraíso e só paraíso. E no fim… o inferno são os outros, mas o paraíso também. E essa ambiguidade, essa complexidade que faz o sair de casa, o se relacionar, o conhecer pessoas, o namorar, o ficar solteira tão irresistível…tem um paraíso a ser descoberto em cada coisa. Mas tem desconforto também. A realidade é tudo.
É por aí que vai o episódio dessa semana. Cê vem?
edição: @valdersouza1 identidade visual: @amandafogaca texto: @natyops Apoie a nossa mesa de bar: https://apoia.se/paradarnomeascoisas
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