Em uma de suas últimas entrevistas para o programa Panorama, da TV Cultura, a escritora Clarice Lispector afirmou que todo adulto é triste e solitário e que as crianças são menos sozinhas porque possuem a mente aberta para fantasiar. Ainda depois, quando perguntada sobre em qual momento os adultos se tornam tristes e solitários, ela respondeu que isso era um segredo, ou que talvez baste passar um choque muito grande para que nos tornemos assim. Apesar de caetano ter feito com maestria, falar sobre solidão nunca foi fácil, mas se conscientemente sabemos que somos seres singulares e naturalmente sós, porque isso ainda é um tabu tão grande? Por que ainda sentimos tanto medo do silêncio que existe em nós mesmas? E será que a solidão é mesmo um sinônimo de tristeza ou uma eficaz e insubstituível ferramenta para o autoconhecimento? Até que esse tema demorou para passar por aqui em um ano como 2020, mas chegou a hora de investigar e confrontar essa tão complexa solidão. Bom dia, Obvious. Hoje, Marcela Ceribelli, CEO e diretora criativa da Obvious, conversa sobre o vasto e profundo universo da solidão com o amigo, pesquisador de tendências e head da WGSN Mindset América Latina, Luiz Arruda