Antes de ser consagrado como a trilha sonora oficial do carnaval, o samba sempre foi alvo de muita discussão para saber quem era o pai da criança. Baianos ou cariocas? Favela ou asfalto? A única certeza da origem do gênero musical é que teve muitos berços e endereços. Tanto que no início do século XX, o samba era uma espécie de “guarda-chuva” para diferentes ritmos, como o choro, o partido-alto, o maxixe e a batucada, por exemplo. Mas toda essa diversidade acabou sendo abafada nos anos 1930 quando o Estado Novo de Getúlio Vargas apropria o estilo marginal e o transforma em símbolo nacional.
No mês em que se comemora o dia do samba, celebrado no dia 2 de dezembro, o Oxigênio preparou uma edição especial que conta como o batuque de influência africana popularizado nas festas nos morros da cidade do Rio de Janeiro passou a definir a identidade brasileira. O programa conta com a entrevista com a historiadora Maria Clementina Pereira Cunha, autora do livro “Não tá sopa: samba e sambistas no Rio de janeiro de 1890 a 1930”. Publicado pela Editora da Unicamp, o e-book faz parte da coleção Históri@ Illustrada, idealizada pelo Centro de Pesquisa em História Social da Cultura (Cecult/Unicamp).
O programa é produzido e apresentado por Leonardo Fernandes, além da coordenação geral da professora Simone Pallone de Figueiredo, do Labjor. Os trabalhos técnicos foram feitos por Octávio Augusto, da Rádio Unicamp.
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Montagem sobre foto de João da Bahiana, s.d. Autor desconhecido.
Músicas, por ordem de execução:
“Urubu”, 1923. Autor: Pixinguinha. Intérprete: Os Oito Batutas. (domínio público).
“Fala, meu Louro”, 1920. Autor: Sinhô. Intérprete: Francisco Alves. (domínio
“Patrão, prenda seu gado”. Autores: Pixinguinha, Donga e João da Bahiana. s.d. (domínio público).
“É batucada”, 1932-33. Autores: Caninha e Visconde de Bicohyba. Intérprete: Murilo.
Caldas. (domínio público).
“Com que roupa?”, 1930. Autores: Noel Rosa. Intérprete: Noel Rosa. (domínio
“Pelo Telefone”, 1916. Autores: Donga e Mauro de Almeida. Intérprete: Bahiano.
“Se você jurar”, 1930. Autores: Ismael Silva e Nilton Bastos. Intérprete: Mário Reis. (domínio público).
“Festa de Branco”, 1928. Autor: Pixinguinha. Intérprete: Francisco Alves. (domínio
“Mulato bamba”, 1932. Autor: Noel Rosa. Intérprete: Mário Reis. (domínio público).
“Eu gosto da minha terra”, 1930. Autor: Randoval Montenegro. Intérprete: Carmen
Miranda (domínio público).
“Preto e branco”, 1930. Autores: Augusto Vasseur, Luis Peixoto e Marques Porto.
Intérpretes: Carmen Miranda e Almirante [1939] (domínio público).
“Rapaz folgado”, 1933. Autor: Noel Rosa. Intérprete: Araci de Almeida. (domínio
“Ponto de Ogum”. Intérpretes: Elói Antero Dias e Getúlio Marinho [1927-1930] (domínio
“Marcha do Cordão Primavera”, s.d. Intérprete: Almirante [1946] (domínio
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