O USDA atualizou as estimativas para as safras globais de soja e milho, mantendo a produção sul-americana praticamente estável em 2024/25, mas projetando expansão para 2025/26, com o Brasil podendo colher 175 milhões de toneladas de soja. Nos EUA, a projeção é de queda na área de soja e aumento no milho.

Já a China anunciou a abertura de cinco novos mercados para produtos agropecuários brasileiros, incluindo o DDG, subproduto do etanol de milho, o que pode impulsionar as exportações do Brasil. Na pecuária, o IBGE apontou crescimento nos abates de bovinos e frangos, aumento na produção de ovos e leite, e avanço de 8,4% na produção de couro no 1º trimestre de 2025.

Neste episódio, Mariana Zuccaratto e Lucas Brunetti, do Itaú BBA, recebem Monique Suguitani, Coordenadora de Certificação da BP Bioenergy, para discutir sobre a importância das certificações para o RenovaBio e como elas contribuem para impulsionar práticas mais sustentáveis no setor de biocombustíveis.

Os Estados Unidos e o Reino Unido fecharam um acordo comercial que permitirá aos produtos americanos, como carne bovina e etanol, acesso ao mercado britânico, resultando em USD 6 bilhões em receitas tarifárias e USD 6 bilhões em oportunidades de exportação. O Reino Unido reduzirá a tarifa de importação de etanol para zero, enquanto poderá exportar 100 mil carros aos EUA com tarifas de apenas 10%. No Brasil, no mercado pecuário, as exportações de carne bovina in natura seguiram renovando recordes, enquanto a participação de fêmeas nos abates do MT atingiu a maior marca do ano.

Nesse episódio do Prosa Agro, recebemos o Eduardo Vanin, diretor proprietário da Agrinvest Commodities, para um bate-papo sobre os impactos das políticas internacionais no complexo da soja.

Discutimos como o panorama de guerra comercial, a produção de biocombustíveis, a legislação da União Europeia, entre outros temas, pode afetar a dinâmica de mercado da soja e dos derivados.

No mercado internacional, as cotações do trigo na Bolsa de Chicago foram pressionadas por uma melhora na expectativa de produção no Hemisfério Norte, pelas incertezas da guerra tarifária e acompanhando a queda do milho.

No Brasil, a entressafra limita a oferta e eleva a necessidade de importações, mas os preços começaram a recuar com a queda internacional.

O plantio da nova safra avança com expectativa de menor área, especialmente no Paraná, refletindo cautela dos produtores após frustrações anteriores.

O óleo de soja apresentou alta de 11,5% no mês em Chicago, devido à expectativa de aumento dos mandatos de biocombustíveis nos EUA, o que aumentaria a demanda doméstica de óleo de soja.

No entanto, a valorização foi limitada pela queda do petróleo, afetado por indicadores econômicos americanos e pela possível expansão da produção saudita.

Nós EUA, o plantio da safra 2025/26 segue em ritmo acelerado, com o clima favorável.

No Brasil, o preço do boi gordo apresentou correção na semana, enquanto a reposição subiu, apesar da fraqueza do mercado físico e do recuo dos contratos futuros. As margens de confinamento para o segundo semestre seguem atrativas, mas a alta no preço do bezerro pode trazer algum reflexo negativo, o que potencialmente daria mais força para a subida do boi na entressafra.

O balanço global de oferta e demanda de milho para a safra 2024/25 deve atingir a menor relação estoque/consumo em 11 safras, ao passo que os estoques globais devem cair 27 milhões de toneladas.

Nos EUA, a sinalização de aumento de 5% para a área plantada com o cereal na safra 2025/26 eleva o potencial de produção para cerca de 400 milhões de toneladas.

No Brasil, a área plantada com milho 2a safra cresceu cerca de 3%, com previsão de safra total ao redor de 125 milhões de toneladas.

A transição entre a oferta de verão e a safrinha em maio deve manter o milho valorizado e, apesar da expectativa de queda dos preços no segundo semestre diante da grande oferta esperada de safrinha, os estoques finais menores podem impor limite para a queda dos preços.

Neste episódio do Prosa Agro com convidados, conversamos com a Ana Ferraz, do Dep. de Transição Energética da Maersk Oil Trading, sobre as mudanças na indústria de transporte marítimo visando reduzir suas emissões de gases do efeito estufa.

Falamos sobre as expectativas sobre a nova legislação que a Organização Marítima Internacional (IMO) está implementando entre os seus países signatários, além da expectativa de uso biocombustíveis tradicionais, e outras novas tecnologias, que ajudam o setor em sua meta de descarbonizar as suas atividades.

A Conab divulgou os números finais da produção de cana-de-açúcar na safra 2024/25 no Brasil. A moagem atingiu 677 milhões de toneladas, enquanto o USDA divulgou sua perspectiva para a safra 2025/26, estimando que a moagem brasileira caia para 671 milhões de toneladas.

Além disso, o Ministério de Minas e Energia avançou na regulação da Lei dos CBios, atribuindo à ANP a responsabilidade pela criação da lista de distribuidoras inadimplentes do programa Renovabio, além de aumentar a fiscalização sobre a mistura de biodiesel

Nesse episódio do Prosa Agro, recebemos o Thiago Péra, professor da Esalq e coordenador do grupo de estudos Esalq-Log, para um bate-papo sobre a logística brasileira.

Discutimos os principais modais de transporte utilizados no escoamento de grãos no Brasil, as ações para aumentar a capacidade dos portos, os investimentos em ferrovias e os impactos da deficiência da estrutura de armazenamento de grãos.

Também abordamos os maiores gargalos logísticos do país e como a tecnologia está sendo usada para tornar a logística brasileira mais sustentável.