As primeiras páginas dos jornais franceses destacam assuntos nacionais como o desemprego, mas, também, o Brexit e migrantes na Europa ou a fome e guerra no Iémen.
E MONDE, titula, No Iémen, a miséria faz mais mortos que os combates. A Arábia saudita e os Emirados árabes unidos levam a cabo uma guerra sem fim contra os hutistas do Iémen do norte, apoiados pelo Irão. Os confrontos e os bombardeamentos já provocaram mais de 10 mil mortos desde 2015.
Mas é neste estado mais pobre do mundo árabe, Iémen, onde 8 milhões de habitantes estão ameaçados pela fome. Os preços são demasiados altos e os nossos salários demasiados baixos.
"Não posso nem comprar açúcar", afirma, o operário Anwar Alia, à reportagem do LE MONDE, na cidade de Mukala, no Iémen. A queda do Estado e da economia aumentam os riscos de fome e de epidemias, sublinha o vespertino.
Por seu lado, LE FIGARO, titula, Migrantes, Brexit, Segurança, Europa paralizada face ao aumento dos perigos. Reunidos, em Salzburgo, os 28 mostram-se divididos sobre as modalidades do divórcio com o Reino Unido e sobre a gestão da crise migratória que agita o continente.
Confrontada com uma situação geopolítica inédita, a Europa, sente-se assaltada por ameaças. A leste, uma Rússia, que se tornou agressiva e uma China conquistadora; a sul, ameaça terrorista, pressão migratória cada vez maior e endurecimento da Turquia de Erdogan; e a oeste, a traição dos amigos.
O Reino Unido abandonou a mesa de negociações batendo com a porta e o aliado tradicional americano trata a Europa com desprezo. Nenhum dos esforços empreendidos por Emmanuel Macron, junto de Donald Trump e Vladimir Putin, surtiu efeitos.
O Presidente americano continua a esmagar com os pés os acordos sobre o clima, sobre o Irão e sobre o comércio livre. E Putin, ignorou todos os pedidos de Paris, quer a libertação do cineasta ucraniano, Oleg Sentsov, em greve de fome, quer a pressão sobre os seus aliados na Síria , sublinha, LE FIGARO.
Brexit, amanhã, uma Irlanda unificada?, é o título do LIBÉRATION. Um século após a separação, Eire e Ultster, poderão aproximar-se um do outro? A perspectiva duma fronteira física, ressuscitada pela partida britânica da União europeia, força os dois campos a encarar a unificação.
Quanto a Londres, o seu divórcio com a UE terá de ser arrancado à força. As negociações europeias de Salzburgo não são muito apaziguadoras, nota LIBÉRATION.
Clima, devagarinho ou Big bang?, pergunta, em título, LA CROIX. Qual é o melhor método para conter o aquecimento global?
Os cidadãos apoderam-se do direito à justiça climática e em todo o mundo o seu número aumenta. Holanda, foi o primeiro país a tratar esta questão depois duma queixa da ONG, Urenda, em 2015. O governo foi condenado a tomar imediatamente medidas mais duras para reduzir as suas emissões de gás de efeito de estufa , nota, LA CROIX.
Por cá em França, Macron, vende empregos falsos a desempregados, titula, L’HUMANITÉ. 50% das ofertas de emprego propostas no Centro de empregos são ilegais. 66% dos contratos são precários e 62% das ofertas de plataformas privadas não cumprem as regulamentações. É esta a realidade por trás dos discursos simplistas, sublinha, L’HUMANITÉ.
Enfim, em relação à África, LE FIGARO, destaca que na RDC, a oposição enfraquecida tem dificuldades em unir-se face ao clã do presidente Kabila. A três meses das eleições presidenciais, o delfim de Cabila, seu ex-ministro do Interior, Emmanuel Ramazani Shadary, tira proveito dos erros dos seus rivais.
Este cacique do regime é um fiel do clã Cabila há mais de 20 anos, presidente que nunca traiu o que é raro na RDC. Mas a sua relativa notoriedade deixava pouco espaço de manobra a Shadary nesta luta pelas presidências, nota LE FIGARO.