Todos nós já saímos, em algum momento de nossas vidas, da casa do Pai. Batemos a parte com força e dissemos: agora é do meu jeito, chega de interferência, eu já sei com fazer, eu dou conta.
Faz parte, é natural, mas também descobrimos que essa autonomia que é bem-vinda com os pais humanos, não funciona na relação com Deus.
Pais humanos capazes nos educam para independência, para autonomia, não para serem desnecessários. Eles foram essenciais em nossas vidas, e mesmo quando já adultos e independentes, somos permeados por essa paternidade, e temos ela como referência e como bússola, ou para o que devemos fazer ou para o que não devemos repetir.
Mas, o pai celestial sim, é perfeito.
Por isso podemos pensar em nossas própria história de vida ao ler Lucas 15:11-32. O filho pródigo passou por várias fases diferentes. Uma dessas fases é onde você está agora em sua própria vida, encontrando-se em turbulência interior, longe de Deus, o Pai.
Medo, desesperança, e vazio existencial costuma tomar conta quando desperdiçamos a herança e fugimos cada vez para mais longe da casa do Pai.
Você pode até estar no momento mais infeliz de sua vida, tal qual o filho pródigo quando estava alimentando os porcos. Tem momentos em nossas vidas que nos degradamos a níveis não humanos, nos submetemos a situações degradantes.
Mas, não importa que escolhas fizemos, sempre podemos retornar, voltar, recomeçar, reaprender, se reconectar, fazer um “religare” com o Pai.
E esse é o tema do nosso cuidado da alma de hoje: Saudades da casa do Pai.