Por que nossos números são tão altos? 1.269 gestantes e 1.825 crianças menores de 5 anos morreram por covid-19 no Brasil desde o início da pandemia. Para se ter uma dimensão desse número assustador, os Estados Unidos tiveram 113 mortes de crianças no mesmo período e na mesma faixa etária. Entre as gestantes e mães de recém-nascidos, o aumento no número de mortes foi de 79% na comparação entre 2020 e 2021. Como esses dois grupos, considerados de pouco risco no início da pandemia, atingiram números tão preocupantes no Brasil? Por que a gravidez é um fator de risco para o coronavírus? Qual a fase mais crítica da covid nas gestantes e que sinais devem chamar atenção de que a doença está piorando? E nas crianças? A crença de que elas não pegam a forma grave e a confusão de sintomas podem contribuir para que sejam diagnosticadas tardiamente. Como evitar que isso aconteça? Devemos testar as crianças sempre que elas tiverem algum sintoma gripal? A vacinação dos pequenos ainda está distante num Brasil onde a campanha caminha a passos lentos. Mas nessa semana, em vários municípios, a vacinação das grávidas sem comorbidades e das mulheres no pós-parto foi liberada. Qual vacina elas podem tomar? Existe alguma restrição? Para tirar todas essas dúvidas, Fabricio Battaglin conversa com a obstetra e professora Rossana Francisco, do Observatório Obstétrico Covid-19, e com a epidemiologista e assessora da organização de saúde pública internacional Vital Strategies, Fatima Marinho.

Quando os números de infectados e mortos pela Covid-19 começam a cair ou ficam estáveis, os governos flexibilizam as regras e, semanas depois, as taxas voltam a subir. Desde o início da pandemia ficamos nesse “efeito sanfona” que já está nos levando para a terceira onda. O que vem por aí é imprevisível, até porque a maior parte da população ainda não está vacinada. Até agora, só 10% dos brasileiros tomaram as duas doses das vacinas – isso é muito pouco, principalmente porque temos a circulação de tantas variantes novas. Agora, aqui no Brasil, é a indiana que preocupa. Mas no último fim-de-semana já foi detectada uma novíssima variante no Vietnã. Ela é uma combinação das variantes indiana e do Reino Unido, e tem alto grau de transmissão. As três vacinas disponíveis no país são eficazes contra essas novas cepas? Como lidar com esse descontrole da pandemia? Adianta aumentar a fiscalização nos aeroportos e rodoviárias ou já é tarde demais? E quando teremos vacinas suficientes para atingir a tão sonhada imunidade de rebanho? Nossos convidados de hoje são o virologista Fernando Spilki, coordenador da rede nacional de sequenciamento do genoma do coronavírus, e o infectologista e pesquisador da FioCruz, Júlio Croda.

Você investe na sua saúde? Sabia que as atitudes de hoje vão refletir na sua vida do futuro? Como você quer envelhecer? A Organização Mundial da Saúde elegeu o período de 2020 a 2030 como a década do envelhecimento saudável. A pandemia prejudicou algumas ações, mas nossos convidados – Dra. Sley Tanigawa Guimarães, médica do estilo de vida e o Jorge Félix, jornalista especialista em longevidade – garantem que é possível melhorar a qualidade de vida mesmo nesse momento de pandemia. Conheça seis passos e desafios simples para conquistar um estilo de vida mais saudável.

Turismo de aventura, turismo cultural, ecoturismo, turismo de esportes, turismo de negócios, você já ouviu falar sobre todos eles provavelmente. Mas, em tempos de pandemia, a novidade é o turismo da vacina, quando o atrativo é o imunizante! Esse movimento tem levado brasileiros aos Estados Unidos porque, se aqui falta vacina contra o Coronavírus, por lá tem de sobra. Como está a vida dos vacinados nos Estados Unidos? Já podem abrir mão da máscara? Podem se aglomerar? Como saber se a pessoa ao seu lado está vacinada? Qual o impacto da vacinação dos brasileiros no exterior para o Brasil? Quem fala sobre essas questões são: Natália Pasternak, doutora em microbiologia e presidente do Instituto Questão de Ciência, e Felippe Coaglio, correspondente da TV Globo nos Estados Unidos. Nós conversamos também com Karlos Cavalheiro, que é agente de turismo, e organiza pacotes de viagem para brasileiros que querem se vacinar nos Estados Unidos.

Apenas 8,68% da população brasileira receberam as duas doses da vacina contra a Covid-19. O que explica esse número tão baixo? Segundo a epidemiologista Carla Domingues, que coordenou durante 8 anos o Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, um dos principais motivos é a falta de planejamento da campanha de imunização contra a Covid-19. Conversamos com a Dona Nilse, que mora em Cotia, na região metropolitana de São Paulo, e já foi duas vezes ao posto de saúde tomar a segunda dose da CoronaVac sem sucesso. Quem não está encontrando vacina pode tomar a segunda dose mesmo depois do prazo? Qual a orientação pra quem ainda não tomou esse reforço? E mais: nesse cenário ainda tem gente escolhendo que vacina tomar! Mas a nossa convidada reforça: a melhor vacina é a que chega mais rápido no braço do cidadão.

Segundo um estudo que acaba de ser publicado pela Lancet, uma das revistas científicas mais prestigiosas do mundo, a obesidade é hoje um fator de risco e morte por covid maior para a faixa etária de jovens entre 20 e 39 anos do que para os idosos. O estudo, que analisou quase 7 milhões de pessoas com covid na Inglaterra, apontou que os riscos aumentam de forma proporcional ao excesso de peso. Fica claro também que a obesidade por si só já pode trazer complicações aos pacientes com covid, mesmo que não tenham nenhuma outra doença prévia associada. Qual o impacto disso no Brasil, onde 74% da população tem excesso de peso e 1 em cada 5 pessoas engordou na pandemia? Estão conosco o endocrinologista João Salles e a coordenadora de estudos sobre o impacto da obesidade em pacientes com Covid-19 e pesquisadora da USP de Bauru, Silvia Sales-Peres.

Após um ano de pandemia, adolescentes e jovens sofrem com o confinamento. A falta de socialização e a privação de experiências, tão importantes nessa fase da vida, refletem nas alterações de comportamento em meio a tantos outros conflitos. Transtornos de ansiedade e depressão tornam-se mais comuns em meio a esse turbilhão de sentimentos que envolve a adolescência e juventude. Para ajudar, os pais precisam estar atentos aos sinais principalmente aos assuntos que mais tocam esses jovens, como a autoestima, a sexualidade e a escolha profissional. Como perceber que algo está errado e o que fazer? Vamos discutir o assunto com o psiquiatra da infância e adolescência da Associação Brasileira de psiquiatria, doutor Gabriel Lopes, e a médica da família doutora Denize Ornelas.

Nas últimas semanas, casos de trombose associados às vacinas contra a Covid-19, principalmente a vacina de Oxford e da Janssen, surgiram em alguns países. Esses eventos ainda estão sendo investigados, mas por enquanto, a recomendação é de manter a vacinação, já que o benefício é maior do que o risco e os casos de trombose são raríssimos. Além disso, a chance de ter trombose por Covid é muito maior que pela vacina. O que é a trombose e por que a covid-19 aumenta os casos? Quem tem doença vascular corre mais risco de ter Covid grave? Essas pessoas podem tomar as vacinas sem medo? Vamos discutir esses assuntos com a professora e diretora do Grupo de Vacinas da Universidade de Oxford, Sue Ann Costa Clemens, e com a pneumologista do Hospital Sírio Libanês e professora da Faculdade de Medicina da USP, Elnara Negri.

Você já deve ter ouvido histórias de famílias inteiras que pegaram Covid, muitas delas com finais trágicos em que dois ou mais familiares acabam morrendo em um intervalo curto de tempo. As novas variantes, que são mais contagiosas, ajudam a aumentar a contaminação entre a família? O que pode ser feito para minimizar os riscos dentro de casa? O que os parentes devem fazer quando uma pessoa da família pega Covid? Como se proteger? Neste episódio do Podcast do Bem Estar, Michelle Loreto conversa sobre esse assunto com dois infectologistas: Alexandre Naime Barbosa, da UNESP de Botucatu, e Álvaro Furtado, do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Já está claro que a vacinação em massa é a única maneira de sairmos dessa pandemia. No Brasil, ela ainda está lenta. Mas em países onde a vacinação foi mais rápida já é possível ver os impactos positivos como a queda no número de mortes e internações. No podcast desta semana, a gente atualiza as informações sobre as vacinas disponíveis no Brasil e explica o que podemos esperar para os próximos meses. Quando teremos outras opções de vacinas? Também falamos sobre o início da campanha da vacina contra a gripe, que começa dia 12 de abril em todo o país. Dá para tomar a vacina da Covid junto com a da gripe ou precisa fazer um intervalo? Para tirar essa e outras dúvidas, a Michelle Loreto conversou com o imunologista Jorge Kalil, diretor do Laboratório de Imunologia do INCOR, e com o infectologista Marco Aurélio Sáfadi, professor da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.