De que falamos quando falamos de solidão? Em que circunstâncias é nociva? E, até que ponto prejudica o ser humano? Será a solidão um problema de saúde pública?
A psicóloga social Luísa Lima acha que sim. Em conjunto com Ana Markl, irá desbravar, neste episódio, todos os ângulos da solidão, desde o momento em que se torna sofrimento à forma como interfere na sociabilização, quais os custos que tem para o indivíduo, e as formas certas como ‘o outro’, o que não se sente miseravelmente só, pode ajudar.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS:
Berkman, L. F., & Syme, S. L. (1979). Social networks, host resistance, and mortality: A nine-year follow-up study of Alameda County residents. American Journal of Epidemiology, 109, 186–204.
Cacioppo J. T., Cacioppo S. (2014). Social relationships and health: The toxic effects of perceived social isolation. Social & Personality Psychology Compass, 8, 58–72.
Cacioppo, J.T., & Patrick, W. (2009). Loneliness: Human Nature and the Need for Social Connection. W. W. Norton & Company
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Holt-Lunstad, J., Smith, T. B., Baker, M., Harris, T., & Stephenson, D. (2015). Loneliness and social isolation as risk factors for mortality: a meta-analytic review. Perspectives on Psychological Science, 10(2), 227-237.
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Lima, M.L., Camilo, C., Quintal, F., Palacin-Lois, M. (2021) It is not enough to be a member: Conditions for health benefits in associative participation (Ser membro no es suficiente: condiciones em las que la participación associativa reporta benefícios para la salud). International Journal of Social Psychology, 36(3), 458-486. DOI: 10.1080/02134748.2021.1942682
Lima, M.L. (2021, Julho). Combater a solidão: uma luta coletiva. Palestra TedEx Aveiro disponível em: https://www.ted.com/talks/luisa_pedroso_de_lima_fighting_loneliness_a_collective_struggle?language=pt
BIOS
ANA MARKL
Ana Markl nasceu em Lisboa, em 1979, com uma total inaptidão para tomar decisões, pelo que se foi deixando levar pelas letras: licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas porque gostava de ler e escrever, mas acabou por se formar em Jornalismo pelo CENJOR. Começou por trabalhar no jornal Blitz para pôr a render a sua melomania, mas extravasou a música e acabou por escrever sobre cultura e sociedade para publicações tão díspares como a Time Out, o Expresso ou até mesmo a Playboy. Manteve o pé na imprensa, mas um dia atreveu-se a fazer televisão. Ajudou a fundar o canal Q em 2010, onde foi guionista e apresentadora. Finalmente, trocou a televisão pela rádio, um velho amor que ainda não consumara. Trabalha desde 2015 na Antena 3 como locutora e autora.
LUÍSA PEDROSO DE LIMA
Licenciou-se em Psicologia na Universidade de Lisboa. É Professora Catedrática de Psicologia Social, Diretora do ISCTE_Saúde e Presidente do Conselho Científico no ISCTE, onde desenvolve desde 1982 uma ampla atividade no ensino e na orientação científica. A sua investigação incide sobre a aplicação da Psicologia Social a questões da saúde e do ambiente, e encontra-se refletida em numerosas publicações científicas. É autora do livro “Nós e os outros: O poder dos laços sociais” publicado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos. Foi presidente da Associação Portuguesa de Psicologia.