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A meio da semana passada, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, dizia aos embaixadores da União Europeia que vivemos num mundo novo, onde as regras da coexistência internacional dos últimos 70 anos estão a desaparecer, onde cada país ou cada bloco corre pela tecnologia, pelos negócios ou pelas armas para ganhar ascendente sobre o adversário.
Nos corredores da Comissão, do Conselho ou do Parlamento Europeu vivem-se por estes dias os dramas e a ansiedade das incertezas de um tempo novo. A União Europeia está longe de dispor dos mesmos argumentos dos outros grandes blocos na ciência, tecnologia e na inovação económica, ou de ser capaz de enfrentar sozinha a agressividade imperialista do militarismo da Rússia. Mas, em Bruxelas, rejeita-se também o fatalismo. Num clima de crescente crispação, o soft power da Europa tem a sua sedução.
Fala-se muito do que acontece por estes dias no manicómio em que a Casa Branca parece ter-se transformado, nota-se com crescente espanto o desempenho chinês em áreas de ponta como a inteligência artificial. Mas está, mais do que nunca, na hora de olharmos para a Europa e percebermos que muito do seu futuro, do futuro de Portugal, depende do que acontecer na União. Depende muito da resposta que der aos desafios. Depois dos alertas do Plano de Mário Draghi, como vai a Europa dispor de 800 mil milhões de euros por ano para se voltar a aproximar da liderança na economia mundial? Como vai a Europa manter-se na liderança do combate à crise climática e, ao mesmo tempo, reduzir a regulamentação que está a penalizar as suas empresas? Depois das ameaças da Rússia e da crise na relação com a América de Trump, como é que a Europa vai ser capaz de aumentar a despesa militar até os 5% do PIB que o actual secretário-geral da Nato, o holandês Mark Rutte, considera indispensável? Como vão as políticas de Coesão, que beneficiam os países mais pobres como Portugal, resistir à pressão da Defesa ou da Competitividade por recursos financeiros?
No P24 de hoje temos connosco Sofia Moreira de Sousa, representante da Comissão Europeia em Portugal desde 2001. Sofia Moreira de Sousa é uma diplomata portuguesa com duas décadas de experiência nas relações externas da União Europeia que a levaram a países como Cabo Verde, onde foi embaixadora, a Etiópia ou a África do Sul.
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By PÚBLICO5
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A meio da semana passada, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, dizia aos embaixadores da União Europeia que vivemos num mundo novo, onde as regras da coexistência internacional dos últimos 70 anos estão a desaparecer, onde cada país ou cada bloco corre pela tecnologia, pelos negócios ou pelas armas para ganhar ascendente sobre o adversário.
Nos corredores da Comissão, do Conselho ou do Parlamento Europeu vivem-se por estes dias os dramas e a ansiedade das incertezas de um tempo novo. A União Europeia está longe de dispor dos mesmos argumentos dos outros grandes blocos na ciência, tecnologia e na inovação económica, ou de ser capaz de enfrentar sozinha a agressividade imperialista do militarismo da Rússia. Mas, em Bruxelas, rejeita-se também o fatalismo. Num clima de crescente crispação, o soft power da Europa tem a sua sedução.
Fala-se muito do que acontece por estes dias no manicómio em que a Casa Branca parece ter-se transformado, nota-se com crescente espanto o desempenho chinês em áreas de ponta como a inteligência artificial. Mas está, mais do que nunca, na hora de olharmos para a Europa e percebermos que muito do seu futuro, do futuro de Portugal, depende do que acontecer na União. Depende muito da resposta que der aos desafios. Depois dos alertas do Plano de Mário Draghi, como vai a Europa dispor de 800 mil milhões de euros por ano para se voltar a aproximar da liderança na economia mundial? Como vai a Europa manter-se na liderança do combate à crise climática e, ao mesmo tempo, reduzir a regulamentação que está a penalizar as suas empresas? Depois das ameaças da Rússia e da crise na relação com a América de Trump, como é que a Europa vai ser capaz de aumentar a despesa militar até os 5% do PIB que o actual secretário-geral da Nato, o holandês Mark Rutte, considera indispensável? Como vão as políticas de Coesão, que beneficiam os países mais pobres como Portugal, resistir à pressão da Defesa ou da Competitividade por recursos financeiros?
No P24 de hoje temos connosco Sofia Moreira de Sousa, representante da Comissão Europeia em Portugal desde 2001. Sofia Moreira de Sousa é uma diplomata portuguesa com duas décadas de experiência nas relações externas da União Europeia que a levaram a países como Cabo Verde, onde foi embaixadora, a Etiópia ou a África do Sul.
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