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As férias já acabaram há umas semanas e o espírito da política portuguesa apagou a beatitude do sol e do descanso e regressou à tensão tradicional. No debate quinzenal desta quarta-feira, o Governo voltou a reclamar a glória através da forma como o país é visto lá fora, um farol de estabilidade e de fiabilidade, nas palavras do primeiro-ministro, da subida das notações das agências de rating ou das contas certas. A oposição fez o que lhe compete e apontou os problemas do serviço nacional de saúde, a falta de professores nas escolas ou a crise da habitação como prova do seu falhanço, para usar uma expressão do líder do PS José Luís Carneiro.
Pelo meio, houve ainda tempo para aplausos e divergências ao apoio do Estado português à criação do Estado da Palestina e, claro está, para o vai e vem em torno da lei dos estrangeiros que o Tribunal Constitucional chumbou na primeira quinzena de Agosto. Aqui, aconteceu talvez o facto mais distintivo do debate: se o Governo e o Chega deram as mãos para aprovar a lei, agora apresentam-se de contas voltadas nas alterações que são necessárias para contornar o veto do Tribunal Constitucional.
O interesse nestes tipos de debate encontra-se muitas vezes mais no estilo do que na substância. O debate desta quarta combinou os dois. Entre o estilo desabrido de André Ventura e o registo ponderado dos restantes líderes parlamentares ou partidários, vai uma grande distância. Quanto à substância, vai ser necessário perceber melhor o que vale o pacote de medidas anunciado por Luís Montenegro para a habitação, o que pretende o Livre com a apreciação parlamentar das medidas que extinguem a FCT e criam um novo modelo para a ciência e a inovação, ou até onde Mariana Leitão, da IL, irá nas suas denúncias sobre a dimensão ou a eficácia da função pública. No meio de tudo isto, vale também a pena ler nas entrelinhas e tentar perceber com que linhas se cozerá o orçamento do estado que está prestes a ser apresentado
Para analisarmos o que se passou, contamos hoje com a participação neste episódio de David Santiago, editor de política nacional do PÚBLICO.
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As férias já acabaram há umas semanas e o espírito da política portuguesa apagou a beatitude do sol e do descanso e regressou à tensão tradicional. No debate quinzenal desta quarta-feira, o Governo voltou a reclamar a glória através da forma como o país é visto lá fora, um farol de estabilidade e de fiabilidade, nas palavras do primeiro-ministro, da subida das notações das agências de rating ou das contas certas. A oposição fez o que lhe compete e apontou os problemas do serviço nacional de saúde, a falta de professores nas escolas ou a crise da habitação como prova do seu falhanço, para usar uma expressão do líder do PS José Luís Carneiro.
Pelo meio, houve ainda tempo para aplausos e divergências ao apoio do Estado português à criação do Estado da Palestina e, claro está, para o vai e vem em torno da lei dos estrangeiros que o Tribunal Constitucional chumbou na primeira quinzena de Agosto. Aqui, aconteceu talvez o facto mais distintivo do debate: se o Governo e o Chega deram as mãos para aprovar a lei, agora apresentam-se de contas voltadas nas alterações que são necessárias para contornar o veto do Tribunal Constitucional.
O interesse nestes tipos de debate encontra-se muitas vezes mais no estilo do que na substância. O debate desta quarta combinou os dois. Entre o estilo desabrido de André Ventura e o registo ponderado dos restantes líderes parlamentares ou partidários, vai uma grande distância. Quanto à substância, vai ser necessário perceber melhor o que vale o pacote de medidas anunciado por Luís Montenegro para a habitação, o que pretende o Livre com a apreciação parlamentar das medidas que extinguem a FCT e criam um novo modelo para a ciência e a inovação, ou até onde Mariana Leitão, da IL, irá nas suas denúncias sobre a dimensão ou a eficácia da função pública. No meio de tudo isto, vale também a pena ler nas entrelinhas e tentar perceber com que linhas se cozerá o orçamento do estado que está prestes a ser apresentado
Para analisarmos o que se passou, contamos hoje com a participação neste episódio de David Santiago, editor de política nacional do PÚBLICO.
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