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Há pouco mais de um ano, o líder do PS, Pedro Nuno Santos, falou aos militantes socialistas na ressaca de uma noite eleitoral agridoce, embora bem mais amarga que doce. O PS perdera as eleições, mas por uma margem de 50 mil votos. Um ano depois, a sondagem do CESOP, da Universidade Católica, para o PÚBLICO; RTP e Antena 1 parece regressar a esse tempo em que as duas principais forças políticas andavam ombro a ombro. Se as eleições fossem hoje, a AD teria 29% dos votos e o PS 27% - no ano passado, recorde-se, ambos se ficaram nos 28%. Impõem-se perguntas: não se passou nada no último ano capaz de justificar que um ou outro partido se tivesse afastado? Nada do que a AD fez no Governo ou o PS na Oposição justificou a captação da intenção de voto em outros partidos?
Não é só nesta comparação que a sondagem do CESOP nos mostra que nada de significativo mudou na relação dos eleitores com os partidos. O Chega mantém-se na terceira posição, com 17% dos votos, menos 1% que em Março de 2024. O Bloco e o Livre crescem um pouco, o PCP resiste e a Iniciativa Liberal passa de quase 5% para 8% dos votos. A direita mantém a sua ampla maioria. E, sem possibilidade de haver acordos políticos maioritários à esquerda, o Chega mantém-se como o elefante na sala a impedir maiorias à direita. Nada mudou mesmo. O quadro de instabilidade veio para ficar, a menos que haja mudanças de fundo na vontade do eleitorado daqui até 18 de Maio.
Vale a pena, ainda assim, olhar para outros dados da sondagem. Para notar que a AD ou a IL atraem mais eleitores com qualificações superiores que o PS – o eleitorado do Chega é o que apresenta menores qualificações académicas. O PS continua a ter a maior fatia de eleitores idosos. Dos eleitores do Chega, 19% dizem não ter votado anteriormente em outros partidos, ou seja, vêm da abstenção. Todos os líderes são penalizados na avaliação dos consultados. E se em Julho e Outubro do ano passado, 57% dos portugueses achavam o governo razoável, essa percentagem desce agora para 52%.
O que nos diz este retrato da opinião pública, a mês e meio das eleições? Fomos à procura de respostas e convidámos para este episódio João António, director do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa (CESOP) e investigador no Centro de Investigação do Instituto de Estudo Políticos da UCP.
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By PÚBLICO5
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Há pouco mais de um ano, o líder do PS, Pedro Nuno Santos, falou aos militantes socialistas na ressaca de uma noite eleitoral agridoce, embora bem mais amarga que doce. O PS perdera as eleições, mas por uma margem de 50 mil votos. Um ano depois, a sondagem do CESOP, da Universidade Católica, para o PÚBLICO; RTP e Antena 1 parece regressar a esse tempo em que as duas principais forças políticas andavam ombro a ombro. Se as eleições fossem hoje, a AD teria 29% dos votos e o PS 27% - no ano passado, recorde-se, ambos se ficaram nos 28%. Impõem-se perguntas: não se passou nada no último ano capaz de justificar que um ou outro partido se tivesse afastado? Nada do que a AD fez no Governo ou o PS na Oposição justificou a captação da intenção de voto em outros partidos?
Não é só nesta comparação que a sondagem do CESOP nos mostra que nada de significativo mudou na relação dos eleitores com os partidos. O Chega mantém-se na terceira posição, com 17% dos votos, menos 1% que em Março de 2024. O Bloco e o Livre crescem um pouco, o PCP resiste e a Iniciativa Liberal passa de quase 5% para 8% dos votos. A direita mantém a sua ampla maioria. E, sem possibilidade de haver acordos políticos maioritários à esquerda, o Chega mantém-se como o elefante na sala a impedir maiorias à direita. Nada mudou mesmo. O quadro de instabilidade veio para ficar, a menos que haja mudanças de fundo na vontade do eleitorado daqui até 18 de Maio.
Vale a pena, ainda assim, olhar para outros dados da sondagem. Para notar que a AD ou a IL atraem mais eleitores com qualificações superiores que o PS – o eleitorado do Chega é o que apresenta menores qualificações académicas. O PS continua a ter a maior fatia de eleitores idosos. Dos eleitores do Chega, 19% dizem não ter votado anteriormente em outros partidos, ou seja, vêm da abstenção. Todos os líderes são penalizados na avaliação dos consultados. E se em Julho e Outubro do ano passado, 57% dos portugueses achavam o governo razoável, essa percentagem desce agora para 52%.
O que nos diz este retrato da opinião pública, a mês e meio das eleições? Fomos à procura de respostas e convidámos para este episódio João António, director do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa (CESOP) e investigador no Centro de Investigação do Instituto de Estudo Políticos da UCP.
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