Há dias, o secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, defendeu a construção modular como uma possível solução para a crise da habitação, sobretudo em contextos de emergência, como o que ocorreu recentemente no Bairro do Talude, em Loures, onde várias barracas foram demolidas.

Segundo o líder socialista, a rapidez de execução e o baixo custo são as principais vantagens desta abordagem construtiva.

Mas será a construção modular, de facto, mais barata? É fiável? E o que a tem impedido de ser adoptada em larga escala num país onde a escassez de habitação continua a ser um dos problemas sociais mais prementes?

Estas são algumas das questões que colocamos neste episódio do P24, em que conversamos com o arquitecto Samuel Gonçalves, fundador da Summary. Este estúdio de arquitectura tem desenvolvido vários projectos com este sistema, incluindo iniciativas públicas — como as quatro creches em Lisboa que se tornaram as primeiras do país a serem construídas com recurso à construção modular.

Ao longo da conversa, Samuel Gonçalves ajuda-nos a compreender o que distingue a construção modular da tradicional, como tem evoluído este sector em Portugal e o que ainda falta para que esta abordagem industrializada à construção possa afirmar-se como uma verdadeira alternativa — não apenas no papel, mas também no terreno.

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