Ser bombeiro “É uma profissão nobre.” ... “É estar lá no momento que o próximo precisa mesmo.” Mussa Embaló nasceu na Guiné-Bissau e é 2º Comandante dos Bombeiros Voluntários de Mértola, no Alentejo, sul de Portugal. Na entrevista com Luís Guita, entre outros temas, fala-se da Guiné-Bissau e da carreira de bombeiro voluntário,
Chegou a Portugal através de um processo de reagrupamento familiar e é apontado como o primeiro estrangeiro no comando de Bombeiros Voluntários.
Inicialmente, não fazia parte dos sonhos de Mussa Embaló, abraçar a “nobre profissão”, onde ajudar o próximo, salvar vidas e proteger bens é a missão de todos os dias.
Quando deixou a Guiné-Bissau, na companhia de dois irmãos, o objectivo era vir viver com o pai, que já morava na grande Lisboa. Contudo, o falecimento do pai no ano em que os irmãos chegaram à capital portuguesa obriga o jovem Mussa a “lançar-se à vida”.
Portugal vivia a crise de 2008, Mussa vai somando empregos em diferentes áreas e , como o 12º ano do ensino guineense de nada lhe valia, vai estudar à noite para conseguir o 12º ano do ensino português.
É nas aulas à noite que acaba por conhecer Edmar, o amigo caboverdiano que lhe falou de uma escola em Mértola, no Baixo Alentejo, onde poderiam fazer um curso de Protecção Civil e receber apoio para estudarem e viverem.
O processo de candidatura à escola ALSUD decorre com sucesso e os dois jovens deixam a Damaia e a Cova da Moura para apostarem num curso de 3 anos na vila alentejana.
O curso de Protecção Civil e o ser bombeiro fundem-se de forma natural. Desde o primeiro estágio nos Bombeiros Voluntários de Mértola, Mussa Embaló foi avançando nas diferentes etapas dentro da estrutura da organização e hoje, enquanto 2º Comandante, continua a dar o máximo para ajudar o próximo.
A RFI foi ao encontro de Mussa Embaló no Quartel dos Bombeiros Voluntários de Mértola.
Na entrevista onde, entre outros temas, se fala da Guiné-Bissau e da carreira de bombeiro voluntário, Mussa Embaló começa por contar como foi a integração na vida da pacata vila alentejana à beira do rio Guadiana.
Mussa Embaló :
O curso, em si, foi interessante e a parte da integração na comunidade também foi muito fácil. Nós viemos estudar e acho que qualquer jovem que vem estudar, e também tendo a vantagem que é ser de um dos PALOP [Países africanos de língua oficial portuguesa], já fala o português, mesmo falando mal, com sotaque, percebe tudo. E a cultura também não é muito diferente. Há algumas coisas diferentes, mas não tanto.
E é sempre mais fácil para os jovens. Para os mais velhos também depende, se a pessoa fizer a vida casa-trabalho, trabalho-casa, a integração sempre é mais difícil. Os jovens, ao estarem numa escola com jovens locais, torna-se mais fácil e a aprendizagem também torna-se mais fácil. Até para ver os costumes locais, pronto, a maneira da comunidade local, a interação, torna-se mais fácil a integração. Portanto, essa parte não foi difícil. A minha turma era composta por 95% de jovens daqui, de Mértola, os estrangeiros era só eu, o Edmar, um outro que é o Anderson, também cabo-verdiano, e o resto eram todos jovens locais, de origens de Mértola, da Mina, … . Mértola e as aldeias à volta, pronto.
A ALSUD já teve várias turmas onde os jovens vêm de todo lado, Lisboa, Algarve, Alentejo Central, Alentejo Litoral, Cabo Verde, de São Tomé e Príncipe, já tiveram também uma turma com muitos guineenses. Eu acho que fui também o primeiro guineense, mas já tiveram mais guineenses, angolanos não sei se tiveram. Mas, a minha turma era isso.
Portanto, a minha integração aqui em Mértola aconteceu de uma forma fácil. Ajudou-me a conhecer as pessoas. Comecei a andar com eles fora do contexto escolar, a ir à caça, a ir à pesca, a ir à do tio não sei dos quantos, a ir ao café do não sei dos quantos, este é o meu tio, olha este é o tio e tia não sei o quê. Isto é também é um sítio pequeno, toda a gente conhece toda a gente, então tornou-se muito fácil.
E nessa altura, como é que estavam as saudades da Guiné-Bissau?
Muitas! Saudades, para quem está fora, é nos primeiros anos. Primeiro e segundo ano é mais forte. E não tendo possibilidade de voltar e ir ver, ainda torna as coisas mais difíceis.
Acho que todos os que, de alguma forma, tiveram necessidade de emigrar, sabem que nos primeiros seis meses e o primeiro ano, não tendo a possibilidade e as condições de voltar, torna as coisas mais difíceis. E a partir do terceiro ano, quarto, as saudades são poucas. Se tiver possibilidade vai, e se não for arranja-se de maneira de suportar. Eu estive oito anos sem ir (à Guiné-Bissau), e quando fui, só estive lá uma semana. Não é fácil, mas pronto.
Fez o curso de Protecção Civil na (Escola Profissional) ALSUD, três anos. A sua ligação aos Bombeiros Voluntários de Mértola aconteceu ainda durante o curso?
Foi logo durante o curso. Lá está, a Protecção Civil engloba tudo, várias entidades, e os Bombeiros somos um dos agentes principais da estrutura. No início do curso, o contexto estava mais direccionado para a organização dos Corpos de Bombeiros, como é que são organizados, as associações com o corpo bombeiro. A parte inicial do curso já era isso. Então, comigo (no curso) estava o meu amigo que sempre quis ser bombeiro. Então, o primeiro passo que demos foi: vamos inscrever-nos nos bombeiros. Enquanto estávamos aqui a fazer o curso. O nosso primeiro estágio foi logo aqui. Começámos logo a fazer a formação inicial dos bombeiros. No segundo ano já tínhamos terminado a formação inicial. Antes de acabar o segundo ano do curso, fomos promovidos para o bombeiro de 3ª. Depois, começámos a fazer voluntariado, a integrarmo-nos aqui, nesta casa, cada vez mais. Sempre que toca (a sirene), é aquilo, é ‘bora! Sempre que precisam, liga lá que eu estou pronto! E quando concluímos o curso, já estávamos aqui integrados, já com trabalho. E foi assim que se iniciou uma carreira.
Mussa Embaló, quando é que acontece o despertar do verdadeiro interesse em ser bombeiro? Foi durante o curso? Foi quando veio fazer o primeiro estágio? Como é que aconteceu?
Quando vim fazer o estágio, começou. Quando me inscrevi, quando recebi a farda, levei a farda para casa, vesti e fiquei à frente do espelho: “olha, fica-me bem!”. Mas despertou-me mais quando comecei a fazer a formação de primeiros socorros, que é para tripulante de ambulância de transporte. Durante a formação dos primeiros socorros é que comecei a ganhar mais o gostinho de poder ajudar o próximo, saber fazer para poder ajudar. Achei, logo na altura, “Mussa, isto que estás aqui a levar é uma bagagem para toda a vida, dentro ou fora dos bombeiros”. Saber socorrer, não é uma bagagem que utilizamos apenas em contexto de trabalho. Então comecei a ganhar gostinho, comecei a ver que isto não é só socorro directamente com as pessoas, mas engloba, como diz no curso, muitas áreas. E eu dizia-me: “agora, imagina lá tu sabendo fazer isto tudo, Mussa”.
Quem vem para o mundo dos bombeiros, vive bombeiros. A cada saída, a cada ocorrência é o máximo, é a adrenalina ao máximo. Isto puxa qualquer pessoa, mas também a pessoa tem que ver. Se estiver lá, a pessoa sente-o, que afinal tem vocação para isso, ou, afinal é isto que eu quero fazer da minha vida. Acho que em qualquer área é assim, a gente entra sem saber, depois já começamos a sentir e ver, olha, realmente sou feito para isto, ou tenho gosto em fazer isto. Posso passar aqui horas e horas e horas, chego a casa como se não tivesse feito nada, com vontade de voltar amanhã. Acho que isto há em qualquer profissão, não apenas nos bombeiros. A pessoa que sente isto, é a verdadeira profissão, é onde deve estar. Mas senti isto logo na primeira formação de primeiros socorros. As outras formações só vieram ajudar a encaixar-me em tudo isto.
Quer tenha a farda vestida ou não, é sempre bombeiro?
Sempre! É o que eu digo ao pessoal quando se vem inscrever: “queres mesmo entrar nessa porta?”. Isto é uma porta em que quando entras, ficas para sempre, com farda ou sem farda. Mesmo que um dia a pessoa fique inactiva, é sempre conhecida como bombeiro. O Zé foi bombeiro, o António bombeiro. Sempre que essa pessoa ouve falar em bombeiros, a pessoa tem sempre a tendência também de entrar na conversa. “Olha, já pertenci a essa corporação. Já fui bombeiro durante 5 ou 6 anos,” fica para sempre. Bombeiro uma vez é bombeiro para sempre. Não há bombeiro de folga. Se você estiver na praia, estiver a acontecer alguma coisa, a pessoa não aguenta, a pessoa chega ao pé. Se estiver a viajar de carro e verificar alguma coisa, não dá para passar sem fazer nada. Não dá para dizer, olha, estou de férias ou estou de folga.
Agora, olhando mais para as acções, para o trabalho do Mussa - Esteve durante uma série de anos numa posição mais operacional, como é que foi a transição dessa vida tão operacional para algo que, agora, imagino que não seja tão operacional, uma vez que tem de estar mais tempo dentro da unidade a coordenar tudo o que os bombeiros vão realizar no exterior?
Estive como bombeiro de 3ª durante 6 anos. Depois de 6 anos concorri para o bombeiro de 2ª. Passei para o bombeiro de 2ª. Passado algum tempo fui convidado pelo comandante Jorge Santos para pertencer ao quadro de comando como adjunto de comando. Um desafio que, na altura, achei que podia não estar já pronto para aceitar o desafio. Estive quase 3 meses a pensar bem se aceitava ou não, mas acabei por aceitar. A vida é mesmo assim. A transição de um momento para o outro nunca é fácil. Já conheci muitos elementos de comando de várias corporações para quem sair da parte operacional, da manobra para a parte táctica, o chip não sai de um dia para o outro, quando há uma ocorrência. Agora já não, agora já tirei o chip. Mas logo ao início, qualquer um que faz essa transição de manobra para o táctico, quando chega às ocorrências, quando dá por si está a fazer a manobra, esquece a parte táctica. Por acaso, é uma das primeiras coisas que começam a introduzir logo nos cursos do quadro de comando, esquecer a manobra, que já não estamos para a manobra. Mas não é fácil, até tirar ou formatar chip e voltar a formatar a outra parte.
E o resto, o que diz respeito à parte das disciplinas e condutas dos bombeiros, os operacionais têm. Temos as formas de hierarquia. As do comando, as chefes, as das graduações, então há sempre uma disciplina e um respeito enorme, não só do próprio corpo do bombeiro, mas de todos os bombeiros em geral. Por exemplo, quando há uma ocorrência, um incêndio, que junta mais de três corporações, quatro corporações, há sempre um chefe, que é o comandante operacional de socorro. Mesmo com bombeiros externos, há sempre aquela disciplina, aquele espírito de ajuda, a mesma missão. Mesmo comandando um grupo, uma brigada, a disciplina está lá. A malta também já está formatada para isso.
O Mussa Embaló foi apontado como o primeiro estrangeiro no comando de uma unidade de Bombeiros Voluntários em Portugal. Como é que foi acolhido, como é que é acolhido, enquanto guineense, no comando de Bombeiros Voluntários em Portugal?
Bem, nada de anormal, digamos assim. A nível da sub-região, bem, não vejo diferença. Nunca vi diferença. Nunca vi o facto de ser o primeiro ( primeiro estrangeiro no comando de uma corporação de Bombeiros Voluntários em Portugal), que nem sei se sou, se é na sub-região, se é na região, se é a nível nacional, não sei, foi a mídia que comentou isto, não sei se é, mas é indiferente. É indiferente para toda a gente, não houve estranheza, a nível operacional, até ao nível dos próprios colegas comandantes. É sempre com respeito para comigo e eu para com eles.
Falando agora desta época de fogos que, tristemente, se torna cíclica no Verão em Portugal, em Mértola não tem havido grandes incêndios, este ano estão a acontecer mais no Norte. Como é que acontece a mobilização, por exemplo, dos bombeiros que não estão nas zonas onde há os maiores incêndios? Os bombeiros de Mértola podem ser chamados para participarem nessas operações?
Sim, podem. Nós aqui, a partir do Comando Sub-regional, temos uma escala do grupo de reforço feita a nível da Sub-região, de todas as semanas, e vai rodando a todas as corporações da nossa Sub-região, que no total são 13. Quando há necessidade, são activados através do Comando Nacional, que solicita ao nosso Comando Sub-regional, e o Comando Sub-regional faz a activação do reforço. Há vários tipos de grupos de reforço. Neste momento temos uma equipa de Posto de Comando em Unhais-o-Velho (distrito de Coimbra). Se existir necessidade também de um grupo de reforço de combate, o Comando Nacional solicita e o nosso Comando Sub-regional acciona a tal escala que eu referi. A nível da nossa Sub-região, este ano estamos a ter mais ocorrências relativamente ao ano passado, que geralmente 90% ou 95% é logo resolvido em ATI, ataque inicial, em menos de 90 minutos, e ainda bem. Se ultrapassar 90 minutos, depois passa para o ATA, que é o ataque ampliado. Mas também, quando há ocorrências aqui a nível da Sub-região, ou a nível da região em si, temos estado a atacar logo em massa. Tem ajudado muito. A nível regional também temos tido muito trabalho. Aqui para as zonas da Alentejo Central, Alto Alentejo, também tem tido muitas ocorrências, já com ataque ampliado, 24 a 48 horas ou mais ainda.
Esses fogos, chegam a perceber o que é que os provoca? Serão causas naturais, ou mão humana?
Lá está, eu sou um operacional. Quando chego a uma ocorrência, tenho que perceber o ponto de início do incêndio para poder fazer a estratégia de combate. Não me preocupo com o que é que o provocou, porque nem é a minha área, nem é a minha função, nem é a área dos bombeiros. É com as autoridades competentes o fazer a respectiva investigação e chegar à conclusão se é natural ou se é provocado por um acidente ou se é propositadamente. Nunca penso nisso, do princípio ao fim da ocorrência. E tento também transmitir sempre isto aos meus elementos, nunca pensar o que é que o provocou, como é que começou. Não, temos que ser objectivos, o que é que nos trouxe aqui, é para normalizar os caos. O caos já está feito. Os bombeiros são para isso, chegam, normalizam os caos, para tudo continuar com a normalidade. Se há um indivíduo que queira fazer mal, posso me interessar, posso não querer que esse indivíduo continue a provocar o mesmo mal. Se eu souber de algo posso colaborar com a autoridade competente, está a ver. Mas, como frisei, desde o princípio da ocorrência, não penso nisso. Se alguém chegar até mim e disser, “olha, vi uma carrinha branca, azul, amarela, de matrícula X”, interessa-me, como comandante, o colaborar com a autoridade. Olhem, foi vista uma carrinha assim, com esta matricula, assim está bem. Agora, o porquê de ele o fazer também não me interessa, sinceramente.
Em relação à Guiné-Bissau, tem ideia de como é que estão a funcionar a Protecção Civil, o Corpo de Bombeiros?
Não faço ideia, sinceramente. Tenho estado desligado, por completo. Quanto à estrutura da Protecção Civil da Guiné, nem sei quem é o comandante, quem é quem e nem conheço as corporações. Desconheço a Protecção Civil, a estrutura, como é que está montada, se é igual ao que está aqui em Portugal, mas tenho interesse. Um dia, se calhar, vou, só por curiosidade, ver se é igual ou se não é igual, se é melhor ou se é pior. Se possivelmente, um dia, se eu puder ajudar em alguma coisa também, nunca sabe.
Há essa vontade de participar, de ajudar naquilo que for possível na Guiné-Bissau?
Sim, sempre há, é o meu país natal. Há sempre vontade de poder colaborar em alguma coisa, de poder ajudar no que a pessoa puder contribuir.
Essa vontade ninguém a pode tirar. Mesmo longe, tendo essa oportunidade, uma das coisas que não podemos dizer é que não, não podemos dizer não ao nosso próprio país. Mesmo estando cá já há alguns anos, ainda continuo a ser da Guiné-Bissau. Quando uma pessoa falar no meu nome, Mussa, a pessoa pensa, é da Guiné. Sou, e serei sempre um guineense.
Mas sim, qualquer dia vou começar a tentar conhecer a estrutura da protecção civil da Guiné, que desconheço por completo, sou sincero. Vou ver também se faço alguns contactos lá, e se um dia for de férias ter um objectivo - vou visitar o fulano X para ir conhecer a casa, ou um Corpo de Bombeiros, vou conhecer o comandante X finalmente e vou conhecer a casa. Tenho que fazer a partir aqui. Obrigado pela pergunta, agora já me fizeste um clique.
Como é que o Mussa Embaló poderia convidar jovens a serem bombeiros voluntários? O que é mais sedutor? Ou o que é que o Mussa Embaló acabou por descobrir e o fez sentir-se motivado para continuar?
É uma profissão nobre. Porque é uma profissão em que o que estamos a fazer é ajudar o próximo. É estar lá no momento que o próximo precisa mesmo. É estar lá para a protecção de bens e de vida humanas. Fácil também não é, porque muitas vezes vamos e não conseguimos alcançar o principal objectivo, que é salvar a vida. Mas lá está, também não somos quem está lá em cima. Mas sempre que voltamos pensamos sempre nisso, fizemos o nosso máximo. E quem está do lado de fora, a ver, também chega sempre a essa conclusão. Deram por tudo. É uma profissão nobre. Quem quiser é só experimentar. Eu acho que não custa nada entrar e ver. É o que me custou mais, a parte de entrar e ver. Eu entrei, vi e gostei, e cá estou. Quem quiser também, acho que é entrar e ver. Ter a coragem de dar o tal passo. É interessante.
Ao longo destes anos como bombeiro, qual foi o momento mais gratificante?
Falo uma ocorrência que aconteceu há dois anos aqui em Mértola. Um atropelamento, duas vítimas. Uma das vítimas teve logo morte instantânea. Quando chegámos estava já em paragem cardio-respiratória. A segunda vítima estava encarcerada, ainda debaixo do veículo.
O trabalho de desencarceramento não foi fácil. Inicialmente menos ainda, porque havia pessoas por todo lado. Não foi uma ocorrência qualquer para nós, mas tivemos capacidade de dar a resposta. E foi um momento que me marcou mesmo. Trazer essa jovem para cima, ainda viva. Ainda hoje, quando a vejo, não sei explicar o que é que eu sinto. Fiquei extremamente orgulhoso de todos os operacionais na altura, do trabalho desenvolvido.